𝑪𝒂𝒕 𝒂𝒏𝒅 𝑴𝒐𝒖𝒔𝒆 | 001

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gato e rato...

Elena Esperança

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Elena Esperança

——❝VER o caminhão da mudança levar as coisas do Ycaro era... Ruim. Eu gostava bastante de morar com ele. Eu vou sentir falta disso, apesar de eu não admitir. Mas a pontada dolorida de saudades em meu coração não iria embora, junto com ele.

Agora o Ycaro tinha ido embora, de vez. Parecia cena de filme, já que o sol estava se pondo. De qualquer forma, ele prometeu que iria vir aqui, com alta frequência ainda. E ele continuou com a cópia das chaves de casa, então... Tá tudo bem.

Tiro uma lágrima do rosto, dando uma última conferida para trás. Até que vejo o amargurado em minha frente.

Quando ficamos sozinhos, sempre brigamos, é como se eu pudesse escutar ele dizendo: "Não é como se você soubesse cozinhar também!" Sempre achamos os motivos mais idiotas para discutir, e ficamos o dia inteiro quietos, sem conversar.

Infantil? Sim. Talvez o ego de nós dois não permita admitir que erramos ou coisa assim. Como gato e rato, eu poderia nos descrever.

—É uma pena que vou ter que aguentar você sozinho. - eu ouço ele me provocar, em um tom não tão alto, para que as pessoas aqui fora também ouçam, entrando novamente no prédio.

—Digo o mesmo para você. - lhe dou um olhar debochado, seguindo ele, subindo as escadas.

Entramos no apartamento, em silêncio. Hoje, eu não tenho preocupação nenhuma! Meu dia de folga do serviço.
O quê significa, que eu posso ficar o dia inteiro com a bunda no sofá, como uma preguiçosa, enquanto assisto, com algum gatinho comigo. E eu posso fazer uma live de madrugada. Amanhã eu entro mais tarde no serviço.

Me sento no sofá, ligando a televisão. E dito e feito, Greg subiu no sofá, me fazendo companhia. Lhe acaricio, enquanto ele ronrona.

Fiquei alguns minutos numa posição confortável no sofá, com um gatinho bem quentinho do meu lado.
Até que minha paz e silêncio foram interrompidos de uma vez só.

Berros. Gritos. Tudo isso vindo do quarto do Saiko. Não é novidade isso aqui em casa, já que estou acostumada com ele fazendo lives e coisas assim. Entretanto, o barulho era mais alto do que a televisão.

Suspiro fundo, mas me seguro por um momento para não entrar no quarto dele e poder discutir com ele por isso. Tudo bem, isso dá para relevar.

Continuo do mesmo jeito no sofá, mas dessa vez, com o celular em mãos, conversando com minha amiga, enquanto ouço berros ao fundo, ignorando-os totalmente.

𝑯𝑶𝑷𝑬, 𝖿𝖺𝗇𝖿𝗂𝖼 𝖲𝖺𝗂𝗄𝗈Onde histórias criam vida. Descubra agora