❝Eu acredito que seu segundo nome ser esperança, não é uma coincidência.❞
Elena, Saiko e Ycaro moravam no mesmo apartamento, após terminarem o ensino médio. Entretanto, Ycaro acaba se mudando, ficando apenas Elena e Saiko.
Os dois sozinhos eram uma...
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——❝POSSO sentir o cheiro de queimado daqui, do meu quarto. Eu não quero nem ver o estado da panela, e se for a panela vermelha, eu garanto que eu mesma pego ela e dou na cara dele.
Pelo jeito esse bobão acordou de incrível bom humor e decidiu fazer compras antes de eu acordar, hoje mesmo no meu dia de folga, e comprou um panetone pra gente comer de café da manhã, e alguns ingredientes para fazer um almoço gostoso.
Mas, como se fosse impressionar alguém, ele pelo jeito queimou. Que belo de colega de apartamento, hein? Quer ver que vai sobrar pra mim ainda limpar... Vai vendo.
Me levanto da minha confortável cama, e deixo o umidificador ligado mesmo, daqui a pouco eu volto. Vou até a cozinha e me deparo com... Um Saiko atrapalhado que colocou um pano em cima da frigideira. Provavelmente o fogo subiu bastante. Sua cara era de como se estivesse em pânico alguns segundos atrás, mas que sentiu enorme alívio agora.
Deixou escapar até mesmo um "ufa" de seus lábios, com uma mão no pescoço. Até que me viu, o que deu uma leve assustada nele, já que não havia me visto aqui.
—Que foi? Parece que viu assombração. - falo, me aproximando do fogão —Você é quem vai limpar isso aqui, ouviu? - aponto o dedo para a mesma, vendo-a totalmente suja.
E lógico que ele não quis perder a oportunidade: —É que eu me assustei com essa sua cara feia. - uma frase tão clássica, é a milésima vez que ouço ela, já até me acostumei —E é, eu vou limpar. Mas não porquê você mandou, é lógico. Na verdade, é que se você limpar, vai limpar tudo errado. - ele fala assim como se não fosse eu quem deixasse essa casa um brilho.
—Tanto faz. Só vê se faz isso logo. E eu vou pedir comida, já que você queimou o almoço de hoje. - digo, já tirando o celular do bolso - eu amo pijamas que tem bolso! Inventem mais desse.
—Não precisa. - tampou com sua mão o meu celular, fazendo com que eu o encare —A comida tá pronta só que... Isso aí era um "detalhe", não ia fazer lá muita diferença. - finalizou, e eu dei de ombros.
—Se você diz. - abro as panelas para ver o quê ele cozinhou. Escondidinho de carne-seca com abóbora e mandioca. Uau, eu tô... Um pouco impressionada. Só um pouco.
—Tá com cara boa, não tá? - ele questionou, enquanto pegava um prato para ele. Ah, na verdade pegou um para mim também.
