Enigma Of 2: EM TENSÃO 🚨

Capítulo 1~

***NÃO REVISADO***

~♤~

Joe

Eu me sentia o pior agente de todos os tempos. Caí em uma emboscada miserável, saí ferido, deixei com que minha parceira fosse ferida e o pior de tudo, ela estava desaparecida. Odeio falhar, odeio-me por não conseguir proteger Bryana e não me perdoarei se algo lhe acontecer.

Olhava através do vidro da janela do carro o sereno fraco que caía lá fora. Meu ombro ainda estava enfaixado devido ao tiro que levei. Tive que passar uma semana no hospital, fazer uma cirurgia para retirar a cápsula do projétil, que por sorte não foi para tão fundo e ficar em observação devido a pancada que levei na cabeça, mas agora finalmente estava indo para meu apartamento.

O carro parou e observei sem qualquer emoção o sinal vermelho.

-E então... -começou Matt, meu melhor amigo e também agente do FBI. Ele fez questão de me dar uma carona do hospital até em casa. -Lindsay ligou?

-Sim, várias vezes. -outro problema estalou em minha cabeça. -Ela irá se casar.

-O quê? -Matt ficou tão impressionado que esqueceu que estava no trânsito e os carros atrás começaram buzinar quando o sinal abriu. -Não acredito cara. -ele pareceu sem jeito. A verdade é que ele nem sabia o que falar. -Então o agente James conseguiu reconquistá-la. -afirmou minutos depois.

-É o que parece. -tentei desconversar. Aquele assunto no momento era o que menos gostaria de pensar.

Matt calou-se ao perceber o meu nítido incômodo. Não era fácil admitir que a mulher que eu amo estava prestes a casar com outro homem.

Um tempo depois chegamos ao meu apartamento. Matt me acompanhou até a porta no décimo andar.

-Tem certeza que não quer entrar? -perguntei ao abrir a porta e jogar minha mala no chão.

-Sim cara. -virei-me para encará-lo. -Você precisa descansar e eu preciso voltar ao trabalho.

-Você quem sabe. -tirei a tipoia do braço esquerdo e a lancei no sofá.

-Nos vemos amanhã na Bureau. -ele disse acenando.

-Até amanhã então. -acenei de volta. -Obrigado pela carona.

Matt apenas sorriu e fechei a porta.

Minha cabeça dói, meu ombro latejava, mas eu não tinha tempo para pensar na dor, tinha que voltar à minha rotina de trabalho. Peguei um frasco de analgésicos e lancei uns a boca. Liguei a tv e fui para a minha mesa no canto da sala que por sinal estava cheia de pastas e trabalho acumulado. Sentei e comecei a folhear algumas delas.

-Ontem á noite um homem conhecido como assassino noturno, atacou pela décima quarta vez no prazo de dois meses. -soltei os papéis e dei atenção ao noticiário da tv. -A vítima era uma jovem de dezoito anos, foi mutilada com instrumento cortante e teve seus olhos arrancados, tal como as outras vítimas. Pouco se conhece, além do fato que esse assassino noturno ataca de surpresa. Dentre suas vítimas estão incluídos imigrantes e principalmente mulheres indefesas. Esses assassinatos em série, vem colocando a cidade em um pânico crescente e até agora a polícia não tem qualquer pista sobre a identidade desse criminoso. Sabe-se que este assassino ataca pela noite em casas, enquanto as vítimas dormem, ou em momentos indefesos nas ruas. As armas utilizadas são martelos com unhas humanas, facas e machados.

Antes mesmo da jornalista terminar, desliguei a televisão e esfreguei as mãos pelo rosto frustrado. Nunca em meus anos de trabalho no FBI enfrentamos um caso com tantos assassinatos em um mês, sem se quer uma pista, ou uma linha de investigação segura, para piorar tudo, Bryana poderia está nas mãos desse criminoso.