P r ó l o g o ~

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A adrenalina que pulsava em seu corpo enquanto corria em disparado era um prazer em seu trabalho, mas não se podia ignorar a perseguição durante uma emboscada que sofrerá junto a sua parceira neste momento.

O detetive- chefe do FBI Joel Wayans, ou como gosta de ser chamado Joe, corria literalmente contra o tempo para manter a salvo sua vida e a de sua parceira Bryana. Os dois acabaram sendo encurralados após uma investigação em um galpão abandonado, foi apenas uma armadilha, constatou Joe após segundos chegarem e serem recebidos por tiros. Os dois corriam pulando obstáculos e buscando um lugar seguro. É claro que eram agentes muito bem treinados, mas eram apenas dois enfrentando um perigo que se escondia nas sombras.

-Onde está o reforço? -Bryana reclamou enquanto pararam atrás de um paredão. Apesar da resistência física, o cansaço era nítido.

-Devem estar chegando. -Joe olhou rapidamente pelo caminho que vinheram para constatar que os passos do inimigo estavam mais próximos. O lugar escuro e desconhecido, era uma desvantagem para os dois. -Droga! -resmungou enquanto ajeitou sua arma e deu um tiro na direção que ouviu ruídos, mas que para sua infelicidade, em vão. Ouviu uma risada doentia e debochada como resposta. Àquele doente parecia brincar com a sua caça. -Vamos! Temos que sair daqui, e só me resta uma munição.

-Ótimo! -a loira voltou a resmungar. Já não havia balas em sua arma. -Era apenas uma investigação e agora estamos cercados por algum psicopata brincando em sua caça por nossas cabeças.

Era nítido que o caso era complexo, desde quando foram designados para solucionar assassinatos em massa que ocorria na cidade, mas agora eles se tornaram o alvo de algo muito maior e mais perigoso do que imaginavam, era algo totalmente mortal.

-Vem! Vamos tentar sair daqui. -disse ele procurando alguma rota segura a seguir.

-Joe?

-O que?

-Preciso te falar uma coisa...

Seja quem for que os perseguia, estava chegando muito perto.

-Pare de falar e corra! -Joe a puxou pela mão e os dois voltaram para sua corrida.

De repente ouviu-se um barulho ensurdecedor muito perto dos dois. Bryana ficou imóvel e Joe ainda meio surdo olhou para sua parceira parada. Ela estava pálida e suas pupilas estavam dilatadas, foi apenas questão de segundos ela cair de joelhos no chão e seu corpo ir desabando por completo. Joe ajoelhou-se rapidamente ao seu lado para socorrê-la e viu sua camisa clara tingindo com a cor do sangue nas costas.
Tentou levantar a camisa dela para ver onde a bala tinha perfurado, mas sentiu uma dor lhe perfurar o ombro e o impacto lhe fez balançar para o lado, mesmo assim ainda teve tempo de olhar para o ombro e ver o sangue. O silêncio fazia os segundos passar em câmera lenta, foi então que a pancada que recebeu por trás na cabeça o fez cair desacordado.

Dois dias depois...

A bela morena após alguns minutos colocou-se em pé imponente. Havia passado a manhã toda naquele quarto de hospital esperando o homem ferido e inconsciente acordar.
Não era o que ela desejava estar fazendo agora, mas fazia parte de seu trabalho e ela tinha que cumpri-lo. Olhou para o relógio de pulso mais uma vez e pensou sair um pouco para tomar um café, mas para sua surpresa, o homem tossiu.
Ele se mexia de forma atordoada e sem saber obviamente como havia ido parar ali. Ela se aproximou de sua cama e viu quando ele de forma grosseira arrancou a agulha que lhe enviava o medicamento no braço.

-Ei! -ela se assustou um pouco quando tentou conte-lo e ele afastou suas mãos. -Você não pode fazer isso, ainda está se recuperando.

Ela apertou o botão que alertava alguma enfermeira a comparecer no quarto com urgência.

-O que estou fazendo aqui? -Joe perguntou já tentando se levantar da cama.

-Você esteve inconsciente por dois dias. -ela prontamente respondeu.

-Preciso sair daqui. -ele disse ao ficar de pé, até que uma tontura o fez cambalear para trás e ela o ajudou a deitar novamente.

-Isso não será possível agora. -ela disse e o observou tocar o ombro ferido e fechar os olhos com uma careta de dor.

Neste momento a enfermeira entrou no quarto. A morena se afastou e esperou a profissional colocar o soro novamente e dar uma bronca no homem. Ela não conteve o sorriso, era um homem adulto, enorme de músculos, levando uma bronca como se fosse uma criança malcriada.

Esperou pacientemente a enfermeira terminar seu trabalho. Quando a mulher saiu ela se aproximou novamente. Joe abriu os olhos e lhe observou.

-Afinal quem é você? -perguntou sem muito interesse.

-Sou a agente Dafne Sullivan.-abriu um pequeno sorriso orgulhoso.

Essa informação fez Joe lembrar de Bryana. A última vez que a vira, estava caída no chão e baleada.

-Como Bryana está?

Dafne sentiu a garganta secar. Como poderia lhe dar aquela resposta sem causar nenhuma alteração em seu estado de recuperação?

-A agente Bryana está desaparecida. -foi apenas direta.

-Como desaparecida? -Joe tentou se levantar novamente, mas a dor no ombro baleado o fez voltar. -A última vez que a vi, ela estava ferida. Ela precisava ser socorrida.

-Infelizmente quando a polícia chegou ao local, sua parceira não foi encontrada. Estava apenas você ferido e desacordado. -Dafne o informou.

-Eu preciso encontrá-la. -Joe fez esforço para levantar-se novamente, mas Dafne o parou com as mãos espalmadas em seu peito.

-Você não irá sair daqui detetive Wayans. -Joe olhou incrédulo para ela. -Isso é uma ordem.

-E o que você pensa fazer para me impedir? -ele lhe lançou um olhar desafiador.

-Bom, eu tenho um distintivo e se não for o suficiente eu tenho uma arma. -a nota de irônia não passou despercebida. -E enquanto estiver em recuperação, aqui eu sou sua autoridade máxima.

Ela se quer vacilou ao enfrentar o seu olhar duro. Ela poderia ser muito mais teimosa e destemida do que os que estavam ao seu redor poderiam imaginar.


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