Capítulo 6~

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***NÃO REVISADO ***

~♤~

Joe

Era como se tudo isso que está acontecendo fosse parte de um filme ruim. Minha vida é um caos!

Meu pai é um detetive aposentado do FBI e me ensinou a nunca perder o foco do trabalho, nunca desviar os olhos do caminho, pois isso causou um grande problema na vida dele, me contou em risos. Havia se apaixonado, mas que tudo valeu a pena, suas seguintes palavras foram "sua mãe é a mulher da minha vida". -um sorriso forçado se defez rapidamente em meu rosto.
Pena que não tive a mesma sorte, quando tirei os olhos somente do trabalho e olhei para Lindsay, a verdade é que aí, bem aí foi o começo da minha ruína.

Lindsay já pertencia à outro, na verdade acho que sempre pertenceu, foi um amor de infância, que em breve se tornará em uma união oficial de casamento. -encaro sem um ponto específico pelas paredes da minha sala na bureau. Ao menos eu ainda tinha o meu "primeiro amor", o trabalho. -sorri com amargura.

Hoje é o enterro de Bryana. Estou aqui sentado em minha cadeira fria, praticamente sozinho no departamento, ainda era muito cedo. Respiro fundo tentando encontrar coragem para encarar sua família, e assumir que falhei ao protegê-la como deveria. -joguei o último comprimido na boca para aliviar a dor insuportável no ombro.

-Imaginei que o encontraria aqui. -encaro a porta e vejo Matt entrar meio sem jeito. -O enterro começa em vinte minutos, você não vai?

-Estou tentando pensar no que dizer para os pais de Bryana. -a garganta travou em seco neste momento.

-Você não diz nada. -ele se aproximou. -Não tem o que se falar nessas circunstâncias.

-Eu sei, mas...

-Joe! -busquei seus olhos quando me interrompeu. -A culpa não foi sua ok? Não houve nada que você pudesse fazer para impedir isso, eu sei, eu sou seu melhor amigo há anos, eu sei o cara durão que você é, e tenho certeza que daria sua vida para salvar a Bryana, ou qualquer outro agente desse departamento. -fico em silêncio, não consegui dizer absolutamente nada. -Agora vamos, eu dirijo.

Matt e eu fomos em silêncio até meu carro no estacionamento do subsolo, ele pediu as chaves e não me deixou dirigir, como ele mesmo disse, eu não podia está dirigindo ainda. A dor insistente me confirmou isso.

-Droga! -toquei a tipoia no braço e reprimi uma careta.

-Você deveria ir ao hospital, precisa examinar esse ombro. -iniciou Matt. -Esses analgésicos que toma não vão fazer um milagre. Você não ficou em repouso e muito menos voltou ao hospital para ver se isso está bem.

-Não tenho tempo. -disse simplesmente.

-Joe, você é o cara mais teimoso que conheço. -ele balançou a cabeça em repreensão. Batucou no volante, e continuou atento a direção. -Me diz uma coisa.

-Vai fundo.

-Por que tirou Dafne do caso? -seu olhar me repreendeu novamente.

-Porque não vou trabalhar com parceiros, não quero que ninguém se machuque. -evitei seu olhar, ele hoje estava pior do que minha mãe para lições de moral.

-É, mas fazendo isso você ia mandar a agente de volta para outro estado e impedi-la de fazer seu trabalho. -resmungou ele.

-É mais seguro para ela. -dei de ombros tentando não sentir peso na consciência. -Do jeito que é atrevida, vai conseguir pegar um novo caso fácil. Além disso, ela tem um bom humor irritante, isso me deixaria louco aos poucos sendo parceiros.

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