Capítulo 8~

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*** NÃO REVISADO ***

~♤~

"O amor é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo"
William Shakespeare

Lindsay e James
Convidam para a celebração do seu casamento.

Sábado 03 de março, 4:00 PM.

Joe

Joguei o convite sobre a mesa e encostei a cabeça na cadeira. Respirei fundo e voltei ao trabalho. Eu não podia mais pensar em Lindsay, ela já era um caso perdido.
O celular tocou e quando vi o nome chamando, parei por um momento pensando se realmente valia a pena me martirizar mais uma vez. Lutei contra o impulso, mas acabei atendendo.

-Joe. -ouvir a voz de Lindsay me deixou sem jeito.

-Sim.

-Espero que tenha recebido o convite à tempo. -a voz animada me fazia imaginar seu largo sorriso.

-Acabei de abri-lo. -sorri conformado com o meu fim, mas também feliz por ela. Lindsay havia sofrido tanto, desde a infância e ver que ela conseguiu conquistar tudo o que tinha hoje era o que me deixava em paz.

-Eu estou tão ansiosa! -eu podia ouvir sua respiração eufórica. -Tenho uma surpresa, mas só vou te contar no grande dia. Você vem não é?

-Eu não tenho muita certeza, estou lotado de trabalho e...

-Não irei perdoa-lo Joe! -ela foi logo dizendo. -Você não pode fazer isso comigo. É um dos meus melhores amigos, basta ter se recusado me levar ao altar.

Nunca tive coragem de dizer a Lindsay o que eu realmente sentia por ela, eu sei que isso é muito covarde, mas eu não queria estragar a nossa amizade, principalmente porque sempre soube do seu amor de infância por James, sempre fui seu confidente e isso me fez guardar o que sinto e é algo que irei levar ao túmulo, eu não iria jogar isso sobre ela.

-Tudo bem. -disse finalmente. -Eu estarei lá por você.

Matt entrou em minha sala e sentou-se em silêncio ao me ver ao telefone. Ele esperou até que me despedisse de Lindsay. Passou os olhos pela mesa até que viu o convite e o abriu, depois me olhou com pesar.

-Não vou nem me atrever a perguntar como está. -disse ele devolvendo o papel sobre a mesa.

-Curiosamente, estou em paz. -encostei a cabeça mais uma vez a cadeira e encarei o teto. -Ela merece ser feliz, isso me deixa feliz.

-Nobre de sua parte. -disse ele. -Vamos ao Carbone hoje à noite, você precisa se distrair.

-Enchendo a cara? -olhei para ele que sorriu divertido.

-Não custa nada esquecer os problemas um pouco.

-Se tudo fosse tão fácil assim. -levantei pegando um envolpe da perícia em mãos que havia recebido mais cedo.

-Aonde vai? -perguntou Matt.

-Trabalhar, isso sim me faz esquecer os problemas.

Andei até o fim do corredor, assim que parei no destino, bati a porta anunciando minha chegada. Dafne me olhou e me ofereceu um sorriso assentindo para que eu entrasse. Porque ela sorrir tanto assim? Isso é irritante.

-Ao que devo a honra da sua visita? -perguntou me olhando com atenção.

-Fiquei pensando no que me disse sobre a possibilidade dos imigrantes e da criança, mortos no caso do assassino noturno realmente terem morrido porque estavam no lugar errado e hora errada. -sentei na cadeira a sua frente.

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