Westchester County, NY (1948)
Estava olhando impacientemente pela janela do carro quando vi os grandes portões de grande propriedade de Westchester County.
Passamos por ele e entramos pela largo caminha de central de terra, rodeado de gramado de ambos os lados e que terminava na grande e imponente casa ao fundo.
Estava um dia meio nublado e apesar de ter exibido um sol pálido durante a manhã, naquele momento apenas esparavamos chuva. O nosso carro para ao fundo do caminho, onde nos esperavam uns criados com um guarda-chuva.
Eles abriram a porta do carro e ajudaram a minha tia e a mim a sair da viatura. Meu tio saiu logo de seguida e protegidos (de nada) com os guarda-chuvas dos empregados, fomos acompanhados até á entrada da grande casa.
Ao entrar, fomos para um pequeno vestíbulo, onde ajudaram-nos a tirar os nossos chapéus, casacos e luvas, podendo nos sentir mais confortáveis.
Um dos criados indicou-nos a porta e seguimos por um corredor até a sala de hóspedes.Lá nos esperavam os anfitriões. Sra. Xavier estava sentada em um dos sofás, Charles e Melanie estavam mais atrás em uma mesa e o Sr. Xavier, que estava ao lado da esposa, se levantou a nossa chegada.
-Elenor! Victor! Estou tão feliz por estarem aqui!- cumprimentou cordialmente, indo em direção aos meus tios, que estavam à minha frente.
Ambos retribuiram a gentileza do Sr. Xavier e, de forma rápida, minha tia foi para perto da senhora da casa para conversarem.-Olhem se não é a nossa Anne!- me cumprimentou o Sr. Xavier de forma gentil- É muito bem-vinda!- continuou com um sorriso amável, na qual retribui com todo o gosto- Charles falou muito de você nos últimos dias- acrescentou e virando-se para Charles, vimos este sorrir, do fundo da sala, meio envergonhado.
Terminamos então a parte dos cumprimentos cordiais e passamo ao chá. Depois de um tempo em que todos sentamos nos sofás,de frente a frente, ouvindo a conversa dos adultos, Charles e eu tivemos a liberdade de sentar na mesa sozinhos, para podermos conversar sozinhos. Não que me senti-se confortável em fazê-lo, mas estava morta por saber o que ele tinha para me dizer e, qualquer coisa seria melhor do que aquela conversa enfadonha dos adultos.
-Bem...- começou ele aclarando a garganta- fiquei de te explicar, não foi? Aquilo que aconteceu na peça.- disse e eu apenas abanei a cabeça em concordância, dando caminho livre para ele prosseguir.- Bem, como eu já te mostrei, eu sou diferente, como você. Eu leio, entro e manipulo mentes. Qualquer uma.
-É esse o seu poder?- perguntei curiosa- Isso é super legal!- sussurrei admirada e ele sorriu
-Eu comecei a usá-los quando tinha uns 8 anos.-disse- E você? Quais são os seus?
-perguntou gentilmente como se ao perguntar sobre eles pudesse me fazer retrair a qualquer momento.Eu sorri, não sabia bem como explicar os meus. Sempre soube que eu era diferente, mas só percebi realmente o que me tornava diferente quando eu tinha 10 anos. Há dois anos mais ou menos.
-Bem, eu...- comecei mas não sabia o que dizer- Eu não consigo explicar muito bem.- parei mas antes que ele dissesse algo eu disse- Mas eu posso mostrar...
Ele parou por um segundo e eu fechei os meus olhos me concentrando. Entrei na cabeça dele captando cada memória boa e cada memória ruim. Escolhi então as boas e criei uma ilusão com uma recordação com uma lembrança que ele tinha da peça á dois dias.
Imaginei como se ao invés da gente estar na plateia, estavamos no palco e no caiam as flores sobre a gente. Imaginei e criei. Fiz a ilusão na cabeça dele.
Abri então o olhos e olhei para ele. Ele me olhava incrédulo.
-Foi você?- perguntou e eu abanei a cabeça em concordância- Você cria ilusões...- murmurou e eu repeti o gesto de resposta.- Venha, eu vou te mostrar a minha irmã Raven.- disse entusiasmado.
Mesmo antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele se levantou e perguntou aos seus pais se podia me mostrar uma coisa e todos os adultos concordaram, sem grande problema.
Me levantei também e junto dele saimos da sala de hóspedes, deixando todos para trás, ele me guiou pelos corredores e não pude evitar um som de surpresa ao olhar em volta.-Eh... é bonito não é?- ele sorriu- Mas acredite pode ser bem solitário estar aqui.- disse ainda de forma afável virando para abrir uma porta do lado direito.- Raven!- chamou- tenho uma pessoa para você conhecer!
Ele me deu espaço para entrar na sala e entrou de seguida fechando a porta. Foi então que apareceu uma menina muito bonita, loira, de olhos castanhos, bochechas rosadas e um sorriso tímido.
-Anne, essa é a minha irmã Raven.- ele me apresentou
-Irmã? Sério? Não sabia que tinha mais uma irmã... Vocês não têm nada haver um com o outro.- respondi meio desconcertada
-Não de sangue.- ele respondeu e vi a menina ficar desconfortável também.- Eu e a Melanie somos irmãos de sangue e fomos adotados pelos meus pais e a Ravem também mas não somos de sangue. Nos conhecemos há quatro anos.- ele disse e eu abanei a cabeça
-Que legal! Prazer Raven- cumprimentei, andando para perto dela e estendendo a mão, para que o amviente ficasse mais leve.- Meu nome é Anne. Quantos anos você tem?
-Doze- respondeu ela ainda tímida.- Vou fazer treze daqui a uns meses.
Eu sorri. Era um fato en comum entre a gente, tinhamos a mesma idade. Ótimo para quebrar o gelo.
-Eu também!- respondi e ela sorriu mais à vontade.- E você... também tem poderes?- perguntei incerta
Ela parecia mais confortável em falar comigo e mesmo abordando o assunto ela não se retraiu como da última vez, sorrindo á minha pergunta. Sem uma palavra em resposta, deu um passo atrás e mudando o corpo inteiro para azul! Não evitei uma exclamação de surpresa.
-A Raven consegue se transformar e incoporar qualquer ser humano...- disse Charles se aproximando atrás de mim.
-Sério? Meu Deus!- foi a única coisa que consegui vervalizar o meu espanto e ela se transformou em mim própria, incorporando a minha voz.
-Ela consegue fazer tudo o que outra pessoa faz.- disse Charles- Aquela forma que ela estava, é a sua original- disse calmamente
-A azul?- perguntei me virei e Charles acenou em concordância e quando voltei para ela, ela voltou á forma azul com um sorriso.
-Meu Deus! Então eu nunca fui a única!
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Together In Ilusion (X-men)
RandomAnne Edwards ficou orfã aos cinco anos. Nunca soube como seus pais morreram e a únuca recordação que tinha deles era um medalhão com uma foto dos três quando ela era ainda bebê. Desde pequena que Anne sempre sentiu ser diferente. Não especial, apen...