• Trial • do português Experimental (ex-pe-ri-men-tal) advindo do latim tardio experimentalis. Aquilo que pertence à vanguarda e desafia convenções e métodos. O ato de experimentar é corajoso, desafiador e por vezes intimidador. Para alguns, algo simples. Para outros, um grande salto no escuro. Essa estória é feita com carinho e pensada para ser sua comfort fic, caro leitor. Mas e para a nossa autora? Ah... para a autora essa estória é instigação, é desafiar suas próprias temeridades para descobrir o quão versátil sua escrita pode ser. Mas quer um spoiler da narradora? Ela é ótima e vai descobrir isso junto com vocês. Bruna, você ainda tem dúvidas, não é? Sigamos para a estória e nos vemos por aqui.
Хохо,
Alguém.🌊
Newport Beach, meados de 2010.
Play: Vance Joy - Riptide
Os dois pares de pés estalavam no chão ecoando no meio do pequeno salão por entre as mesas. Gritos eufóricos e risadas que falhavam por conta da corrida desajeitada, arrancou uma gargalhada alta dos adultos que observavam de longe a interação das duas garotinhas empolgadas.
- Camila, mi hija... - Sinu disse em voz alta, mas seus passos não foram rápidos o suficiente para alcançar a garotinha que tropeçou em uma cadeira, indo direto ao chão.
A pequena levantou-se com pressa e sequer prestou atenção no que sua mãe dizia conforme se aproximavam pressa. Seus olhos castanhos focaram na garota a poucos metros que respirava com dificuldade e tinha os olhos verdes arregalados.
- Estou bem, mama! - afirmou ao sentir os braços finos de sua mãe lhe puxar para cima. - Lo... - a tristeza em sua voz era nítida, pois sabia que dificilmente poderia voltar a correr junto de sua amiga após mais um de seus tombos.
- Chega de correr por hoje ou você vai acabar se machucando. - a voz da mais velha era carregada de ternura com a sua pequena. - Ojitos também vai parar, não é mesmo?
O sorriso gentil foi direcionado para a garotinha que se aproximava com cuidado das duas, maneando a cabeça em positivo sem dizer nenhuma palavra. Carregava uma culpa que não era cabível pelo tombo que Camila levou, já que ela que havia sugerido a brincadeira.
- Você se machucou? - perguntou receosa e Camila sorriu arrumando sua franja.
- Não me machuquei, Lo, olha... - deu pequenos pulinhos na intenção de mostrar que estava tudo bem e Lauren sorriu para ela sentindo o alívio em seu corpo.
- Ojitos, sua mama pediu para que eu cuidasse de vocês, então chega de corridas por hoje, tudo bem? - mais uma vez Lauren assentiu sem tirar os olhos de Camila que se aproximou dela.
- Nós somos melhores amigas, Lo. Mais tarde lá em casa nós podemos correr de novo. - sussurrou, mas Sinu estava ao seu lado ouvindo tudo. Semicerrou seus olhos em direção a elas e negou com a cabeça, sorrindo.
- Mas eu não quero que você se machuque... - disse com a voz infantil embargada.
A garotinha sentia muito, era verdade. Não gostava de ver sua amiga caindo, mas aquilo era mais comum do que se podia imaginar. Camila tinha um certo problema com equilíbrio e vivia tropeçando até mesmo em seus próprios pés.
- Não vou me machucar, Lo. - negou prontamente tendo seus cabelos balançando na frente do rosto.
- Tudo bem. - respondeu contrariada.
- Não fique triste, pequena. Karla poderá brincar com você mais tarde, tudo bem? - a matriarca da família Cabello acariciava os cabelos lisos de Lauren. - E não conte para ninguém, mas hoje o tio Ale fará arroz con leche para a sobremesa. A boca da pequena Jauregui se abriu alguns centímetros antes de se curvar em um sorriso.
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Newport Beach
Fiksi Penggemar***Newport Beach, CA 2023.*** Lauren e Camila são estudantes do ensino médio no colégio Fairmont, filhas de imigrantes cubanos que seguiram para Califórnia em prol de uma vida melhor e um sonho de negócios. Amigas desde a infância, as coisas começam...