Flow

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Como promessa é divida, aqui estamos nós com mais um capítulo para vocês. Muito obrigada por quem votou, fazendo com que batêssemos a meta de 1K de votos. Aos que chegaram hoje, sejam bem-vindes, fiquem que vai ter bolo. Vocês são incríveis demais.

Mais um capítulo com uma dedicatória para alguém especial para quem está nesse projeto.

Lalazinha, esse presente é para você e nós esperamos que você seja imensamente feliz nesse teu novo ciclo que se inicia. Muito obrigada por todo carinho, atenção e amor que tem por essa estória e por nós. É uma honra poder dividir a vida com você, saiba disso. Feliz vida!

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• Flow • Fluir, verbo derivado do latim fluoere. O uso em seu sentido figurado é recorrentemente utilizado para expressar aquilo que ocorre de maneira espontânea. Existem coisas na vida que passam por seu curso natural e durante a adolescência é normal que alguns confiem nesse ciclo e outros tentem apressa-los, mas uma coisa é certa: nem todo processo é confortável. Aos poucos amizades, podem virar amores, sentimentos se desenvolvem, relações evoluem e atritos, bem... atritos são necessários e inevitáveis, em tese, para se trabalhar o indivíduo para uma vida adulta mais madura. Falhas são naturais do processo, sentimentos são trabalháveis, mas não domáveis.

E no final são as escolhas trabalhadas que nos permitem fluir ou não em alguns percursos.

Boa leitura,
Alguém.

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Little Corona, Newport Beach - 7:47 p.m
Narrador Point Of View

O beijo foi finalizado de forma calma. Castanhos encontraram os verdes que se abriam pesados enquanto tomavam fôlego e voltavam a si lentamente. Após toda a turbulência de sentimentos que aquela conversa havia proporcionado as respirações ainda estavam descompassadas e sentiam-se em combustão internamente.

Camila permanecia sentada no colo da morena que mantinha as mão em sua cintura em um leve carinho, que sequer tinha percebido ter iniciado de tão espontâneo que o ato era. Sempre foram carinhosas uma com a outra, mas dessa vez era diferente. Lauren ainda se sentia letárgica diante dos castanhos chocolates, que estavam derretidos à sua frente.

Um barulho extremamente alto de um trovão cortou os céus obrigando as duas a despertarem do mundinho particular que orbitavam, fazendo com que a latina corasse ao perceber a posição que estavam em cima do sofá confortável do mezanino.

- Camila... - a morena percebendo a vergonha da bronzeada a chamou de forma calma - Está tudo bem? - olhou rapidamente para a posição que se encontravam e sentiu seu rosto esquentar. Entendeu os motivos da latina.

Em um movimento calmo se inclinou para frente puxando o corpo da menor para si, deixou as mãos alvas escorregarem espalmadas sobre as costas da cubana e deitou a cabeça em seu busto em um abraço calmo. Fechou os olhos e percebeu quando a de olhos castanhos retribuiu o abraço em silêncio, com ternura, envolvendo os ombros da maior e apoiando a lateral do seu rosto sobre o topo da cabeça da morena que mantinha os olhos fechados, enquanto recebia pequenos afagos nos fios escuros.

- Só um minutinho, Camz... - murmurou baixo em um tom completamente manhoso. - Me dê dois minutos e já voltamos 'pra realidade.

Camila tentou, mas não conseguiu conter o som nasal de uma risada contida pelo nervosismo. Não sabia o que estava sentido, era estranho, confuso, mas extremamente aconchegante e certo. A sensação de estar com Lauren ali, daquela forma parecia encaixar de forma tão perfeita, que se assustou com a facilidade que a conexão fluia. A sensação de mil borboletas no estômago voltou de forma tão intensa que jurou sentir-se flutuar, o que a fez apertar a morena instintivamente em um abraço mais firme, que foi correspondido ainda em silêncio confortável.

- Lauren... - sussurrou com a voz saindo um pouco trêmula. - Eu realmente estou com medo de te soltar e descobrir que estou sonhando. - fechou os olhos em um ato ansioso.

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