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– A mesa dá a palavra, a Senadora Amidala, do planeta Naboo –
Padmé respira fundo, sentindo o nervosismo chegar em seu corpo. Ela recapitula cada palavra que treinou para esse momento. Era um momento decisivo.

– Quero alertar todo mundo, aqui presente – ela toma o fôlego – Para o problema que estamos ignorando, ao dar continuidade a essa guerra – ela escuta alguns resmungos – Pessoas estão sofrendo, comunidades inteiras estão sem comida, água ou energia. Porque, todo dinheiro, antes usado para esses serviços básicos, está sendo desviado para financiar essa guerra.

– Mas se não financiarmos a guerra, como vamos vencer a luta? –  alguém fala ao longe.

A senadora fecha os olhos, sentindo suas mãos suarem, ela dá prosseguimento ao seu discurso.

– A luta continua porque está sendo financiada. Enquanto não buscarmos uma solução diplomática, para isso tudo, a guerra não vai parar. Ela já dura há anos, mas a vida do povo não dura anos. E o nosso dever, senhores, é com eles e não com a guerra. Não podemos deixar que o nosso povo morra. O sentido dessa guerra, era livrá-los do sofrimento, não agrava-lo. É por isso que eu voto, para o fim da guerra. Não tem como lutar pelo povo, se estamos, os sacrificando para isso – ao terminar, Padmé escuta gritos de protesto, mas também de apoio.

O Chanceler encara a jovem senadora, com um misto de emoções. Vendo que apesar de ter alguns contra, ao que ela falou, também tinha muitos a favor. Ele encara seu jovem aprendiz e repara, como ele continha os olhos fixos na mulher.
O rapaz percebe os olhos do mestre, o vigiando e imediatamente fixa os olhos no chão, tentando deixar de lado aquela mulher que significava tanto.


Ao andar pelos corredores do Senado,  Padmé recebia elogios de seus apoiadores, ela sorria e os comprimentava. Ela olha para Anakin, ao seu lado, ele estava sempre com seu olhar sério e a sua postura militar. Já trabalhavam juntos a alguns dias, tinham alguns atritos, mas ainda lidavam bem com a situação.

Anakin encara Padmé de fininho, enquanto ela recebia os seus parabéns. A senadora usava um vestido branco brilhante, era como se aquela roupa simbolizasse, a paz que ela representava.

– Parabéns Senadora Amidala... – Palpatine se dirige a Padmé, depois de aparecer das sombras, tirando ela e Anakin de seus pensamentos – Pelo ótimo discurso... – Padmé, pôde jurar que sentiu um tom meio ácido no ar.

– Obrigada... Chanceler – ela responde, no mesmo tom – Desejo que tenha sido, do jeito que o senhor esperava...

...

Mais tarde, naquela noite, Padmé avaliava o seu dia, se preparando para dormir. Ela estava muito orgulhosa do seu discurso, não tinha medo de nada que venha acontecer em seguida, já passou, por coisa demais. A senadora era uma mulher forte.

Ela andava até a sala de seu apartamento. Anakin estava lá. Ele estava sem a sua luva, Padmé pôde ter um vislumbre de como era a sua mão de metal. Quando percebe a garota ali, ele rapidamente veste de novo a sua luva. Padmé disfarça, fingindo que não viu nada.

Anakin a observa, andando até a câmera de segurança, que dava para o seu quarto e desligando o aparelho.
"O que ela acha que está fazendo?" Pensou ele.

– O que está fazendo? – ele pergunta, andando até ela.

– Desligando a câmera – ela responde, como se não fosse nada.
Anakin a encara. Ela vestia um robe longo de seda branca, ele estava aberto e o rapaz pôde ter o deslumbre, de sua camisola clara, rendada. Ele respira fundo.

Anakin Skywalker - Born To DieOnde histórias criam vida. Descubra agora