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Desde atentado sofrido no palácio. Padmé, não tem se exposto muito. Saindo pouco, nada muito além de casa. Ainda não se sabe do paradeiro de Asajj Ventress e nem foi encontrado um corpo com as suas descrições. O risco de quem a mandou, para matar Padmé, solicitar mais um atentado, é alto.

Vader, era o que mais tinha conhecimento disso. Andando mais atento que nunca, buscando ficar mais forte com a Força, agora que ele e Padmé estavam juntos. Apesar das coisas estarem calmas. Sabia que o seu mestre estava forjando novas estratégias. Ao mesmo tempo que Anakin conhecia Sidious, ele não o conhecia totalmente. Tinha plena consciência, que a pessoa que o "criou" escondia coisas, até mesmo sobre o próprio Anakin. Era só uma das formas de Sidious, de manter o seu aprendiz sob controle. Ele sempre teve medo do poder que Anakin tinha, mas nunca o impediu de usar o jovem Sith para os seus próprios interesses.

A quietude se fazia presente durante esses dias que se passaram. Mas não quer dizer, que o perigo não estava à espreita. A final foi na quietude, que os Siths se mantiveram escondidos por séculos, sem serem percebidos, sempre à espreita. Foi assim que o seu mestre, o mestre de Darth Vader, subiu a um dos cargos mais importantes da república.

Ainda que tudo isso forme uma tempestade em sua cabeça. Era só o jovem Lord Sith olhar para Padmé, que tudo se apaziguava como uma onda no rio, em seu dia mais calmo. A partir do momento em que se entregou inteiramente a ela, nada mais importava somente ela, o poder, a força era tudo por Padmé.

Fazer amor com ela, na sacada da casa, debaixo das estrelas, do sol, da lua, em meio aos lençois, e a grama molhada, era o mais puro empíreo. A sua mente envolvida, apenas nela, no seu rosto perfeito, como de um anjo. Os cachos emolduravam a pele nua dela, como a mais bela obra de arte.

– O que houve? Parece preocupada? – Anakin acaricia a bochecha de Padmé, que estava parcialmente deitada no colo dele.

Os dois aproveitavam o sol para fazer um piquenique, perto do rio que tinha ali perto.

– Só estava pensando em alguns assuntos do Senado. Que tenho que tratar com Bail e Mon – Padmé fecha os olhos, sentindo o toque de Anakin.

Depois do atentado, as reuniões secretas entre Padmé e os outros senadores, que desconfiavam do chanceler, passaram  acontecer em Alderaan. Embora Padmé participasse através do holograma, por ser mais seguro.

– Sobre o assunto que vocês tratavam no dia do ataque? Era alguma coisa envolvendo Palpatine?

– Bem... – Padmé se sentou, ajeitando a postura, visivelmente desconfortável, com o rumo que a conversa levava.

– Que foi? Está com medo de conversar comigo sobre esse assunto?

– É que você sabe. Você é próximo ao chanceler. Foi ele que te criou, é praticamente o seu pai... – Padmé o encara sem jeito.

E Anakin não a culpava por isso. Ele era realmente próximo de Palpatine, mas não da forma que Padmé pensava. Anakin não era nada mais que um lacaio, muito poderoso e emocionalmente instável. No começo Anakin também pensou assim, que eles teriam algo mais paternal, algo como o que Qui-Gon Jinn foi para ele, nos poucos dias que passaram juntos. Mas isso logo mudou, e Palpatine mostrou como as coisas funcionam no lado sombrio da Força.

Mas por que Anakin demorou tanto, para se rebelar contra o seu mestre? Afinal, essa é a natureza dos Sith, um sempre tentando subjugar e eliminar o outro. Aprendiz superando o mestre e assim por diante. Talvez fosse aquela tal dependência emocional e a necessidade de se mostrar eficiente, se provar, por migalhas de afeto, que nunca vieram.

– Ele nunca foi como o meu pai. Eu sempre fui o garoto escravizado, que ele usou para amaciar o seu ego – no final, Palpatine agiu tão pior quantos os Jedis, foram com Anakin. Ele manipulou os sentimentos de Anakin, em benefício próprio, num caminho que não tinha mais volta.

Anakin Skywalker - Born To DieOnde histórias criam vida. Descubra agora