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– General Kenobi, não teve como evitar matá-lo. General Grievous estava fazendo reféns – diz Bail Organa, através do holograma.

– Bom, pelo menos os membros da federação do comércio, revelaram o que sabiam – falou Padmé, sentada num sofá, em seu escritório.

– Sim – Bail suspirou – Já emitimos um mandado para prendê-lo.

– Os membros capturados da federação do comércio, estão querendo negociar. Em troca de fornecer mais informações – fala Mon Mothma.

– Espero que tenhamos sorte – diz Padmé.

– Sim. Enfim, essa guerra está com os dias contados – declarou Bail.

– Sim, ainda bem – concordou Padmé.

– Obrigado pelo tempo Senadora Amidala.

– Obrigada, Senador Organa, Senadora Mothma – eles desligam os hologramas ao se despedirem.

Padmé suspirou. Se remexendo no sofá, com o desconforto causado pelo avanço da gravidez. Ela se despiu do sobretudo largo como um manto, que escondia a barriga, pousando a cabeça no encosto do sofá, fechando os olhos, se permitindo relaxar um pouco. Sua coluna doía, à medida que a barriga ia crescendo.

Seu rosto estava mais redondo. Seus pés inchava, ela nem sequer conseguia se abaixar para por um sapato. Tem certeza que agora deve estar usando calçados diferentes em cada pé. Mas Anakin estava lá para ela, sempre. Isso a confortava. A forma como ele era seu suporte. A sua rede de apoio. Ele a tratava como uma boneca de porcelana, que quebraria a qualquer momento. A ponto de irritar um pouco, Padmé sorriu pensando nisso. Seus hormônios estavam desregulados. Anakin a chamava de linda, ela chorava, o bebe mexia, ela também chorava. Anakin ficava muito em cima dela, como se uma mosca fosse fazer mal, ela se irritava. A ansiedade crescia em seu peito, a tensão e o medo aumentavam.

Mas apesar de tudo. Padmé estava feliz. Feliz como nunca havia ficado. Ela finalmente estava construindo a sua própria família. Depois de anos se dedicando à política. Ela teria o que sua irmã Sola tem. Padmé suspirou, com os olhos ainda fechados, queria poder sair e contar a todo mundo.

Passado alguns minutos. Anakin encostou no batente da porta. Soltando um leve sorriso. Enquanto observava a esposa. Ela estava linda como sempre. Os cachos soltos caindo por seus ombros e busto. Sua pele realçava, brilhando com o vestido rosa clarinho, de alças caídas.

Anakin havia acabado de voltar de uma ronda com R2. E tudo que ele queria, era passar um tempo com a sua esposa. Conversar com ela, beijá-la e mimá-la. Ela ainda parecia tão cansada.

– Reunião cansativa? – ele perguntou, chamando atenção da mesma.

– Sim... – Padmé suspirou, se endireitando no sofá.

– Algum avanço? – ele senta ao lado dela, pegando em sua mão e alisando a sua barriga, sentindo os bebês mexerem.

– Sim, muito avanço – ela diz, olhando nos olhos dele.

– O que aconteceu?

Padmé puxou o ar soltando o fôlego, pegando na mão de Anakin. Ele a encarou confuso.

– Descobriram que Palpatine está por trás de toda a guerra. Um mandado para prendê-lo já foi emitido. De hoje não passa – Padmé olhou bem para o rosto de Anakin, esperando algum tipo de reação – Como se sente?

– Como eu disse antes... Não sei. Mas não sinto nenhum tipo de empatia – Anakin respirou fundo.

Padmé acariciou os cabelos de Anakin, querendo fazer mais por ele. Mas não tinha conhecimento de como fazer. Muita coisa sobre a relação de Anakin com Palpatine, eram um tanto nebulosas para ela.

Anakin Skywalker - Born To DieOnde histórias criam vida. Descubra agora