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Ele sente uma pele quente e sedosa colada à sua, era Padmé. Ela dormia com os braços envoltos do jovem Lord dos Siths. Aquilo tornou o seu sono um pouco mais calmo. Com cuidado se desvencilhou dos aconchegantes braços dela, que se mexe com os movimentos dele, mas não ao ponto de acordar, dormindo suavemente.

Anakin acaricia a bochecha de Padmé, refletindo em como estava mais perdido do que nunca. Ele senta na ponta da cama, com a cabeça entre os braços, o rapaz solta um suspiro sofrido, não deveria ter ido tão longe, não poderia ter se envolvido tão intimamente com ela. Ele se levanta, vestindo sua calça perdida, pegando o robe caído do chão, e vestindo a peça.

Continha um espelho grande no quarto. Anakin para em frente a ele, encarando a sua imagem, vendo uma expressão rígida, mas ao mesmo tempo tão jovem, sua mão de carne e osso, toca em suas costas, por cima do robe preto, pensando:
"E se Padmé viu as cicatrizes? Ela dormia próximo a elas"
Ele fecha os olhos imaginando a expressão de horror no rosto de Padmé, diante das horríveis marcas de sua pele. Para além da senadora, ele recorda de como as conseguiu.

Anakin olha para Padmé, deitada em sua cama, agarrada ao travesseiro que ele dormia. Queria poder voltar para o lado dela, naquela cama, e reviver todas as emoções da noite anterior, desde o momento em que ela invadiu o seu quarto , até o momento em que o corpo dela estava deliciosamente enroscado com o dele. A sensação de ter ela discursando o nome dele entre gemidos, se enterrar dentro dela e sentir todo o seu calor em volta dele. Os dedos de Padmé enrolados no seu cabelo, o sabor dos lábios dela, colados aos seus, em uma ardente dança. Os olhos dela brilhando a luz da lua, enquanto fitavam o rosto dele. Ele suspirou, deixando o quarto, indo diretamente aos jardins, precisava meditar.

O sol, já quente da manhã bate em seu rosto, os ventos fortes passam pelo o seu cabelo loiro, trazendo de certa forma o perfume dela aos seus pulmões. Ele fecha os olhos tentando se concentrar em uma resposta da Força, mas tudo que consegue pensar é na noite anterior. E em como Padmé tomará totalmente o seu espírito, para ela.

... 

Padmé se aconchega no travesseiro de Anakin, sentindo o cheiro dele presente na fronha cinza, sendo de pouco em pouco despertada de seu sono. Ela percebe que o rapaz não estava mais presente ali, indicando que já deve ter acordado. Se dando conta também, que estava completamente nua, se agarra ao lençol com um sorriso no rosto, recordando da noite anterior. Padmé se sentia nos céus.

Ela olha para os trapos que a sua camisola tinha se tornado ainda em cima da cama, pegando a peça rendada entre as mãos, pensando que não poderia sair do cômodo daquele jeito, nua. Padmé olha para o guarda-roupa, andando rapidamente até o móvel, onde atrevidamente, pega uma túnica interna de Anakin, era da cor preta, como todas as roupas que ele usava. Ela veste a peça com certa avidez. A roupa também continha o cheiro de Anakin. A túnica era grande, batendo na metade de suas coxas.

A claridade do sol se fazia presente no cômodo, entrando pelas janelas e ela se recordando do seu ritual favorito de quando estava em Naboo. Padmé anda até a janela, se abraçando entre os braços, inspirando o ar de um novo dia e sentindo a luz do sol acariciar a pele do seu rosto. Ela olha para os jardins e seus olhos encontram Anakin, assim como na casa de sua família. E assim como naquela vez, ele se encontrava de costas, com os braços cruzados para trás e a cabeça baixa, como se estivesse pensando. Ela sorri, parece que alguém também tinha um ritual. Padmé o viu soltar o ar pela boca, abandonando o local, ele não reparou a garota o observando pela janela.

Anakin volta ao quarto, depois de falhas tentativas de meditação. Padmé tinha roubado todos os sentidos dele para ela, e a senadora de Naboo nem tinha noção disso. Anakin era dela, mas isso era tão prejudicial para Padmé. Ele queria ser digno de pertencer a ela.

Anakin Skywalker - Born To DieOnde histórias criam vida. Descubra agora