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Sob o entardecer do sol poente. Anakin e Padmé davam as mãos. Enfim, havia chegado o momento. Anakin acariciou a mão de Padmé, com a sua de metal, não conseguindo parar de admirar, o brilho no olhar dela e o sorriso que enfeitava o seu rosto.

O vestido branco rendado, realçava a saliência redonda na barriga de Padmé. Ela pegou a mão de carne e osso de Anakin, levando ao seu ventre. Anakin fechou os olhos, sentindo a força, crescendo ali, em Padmé. A mulher que ele sempre amou e que agora, ele podia chamar de sua esposa:

 – Padmé, desde o momento em que a vi. Em todos esses anos, nenhum dia se passou, sem que eu pensasse em você – ele olhou dentro das íris dela, o brilho em seus olhos – Durante todo esse tempo, depois que nos encontramos, fiquei angustiado. Quanto mais perto eu ficava de você, com cada momento que passávamos juntos, e que depois acabávamos nos afastando, novamente. A cada dia que passava, mais eu sofria. Só de pensar em não poder ficar com você, me fazia não conseguir nem respirar direito – Padmé escutou tudo atentamente, sentindo seus olhos lacrimejar e as pupilas dilatarem, – Sou assombrado e iluminado, pelo primeiro beijo que você me deu. Meu coração bate na esperança que tudo isso não se transforme em uma cicatriz – Anakin diz, pensando na sua verdadeira face, imaginando, como seria a reação de Padmé, quando descobrisse, – Você está na minha alma Padmé.

E ali, diante, as águas de Naboo, enfeitadas pelo adormecer do sol. Anakin, se permitiu abrir mais um pouco dele, para ela. Não muito, mas o suficiente, para que ele tirasse mais uma parte da angústia que sentia em seu coração, por ainda se esconder dela, mesmo estando tão próximo.

Padmé levou a mão direita ao seu rosto. Acariciando a cicatriz no olho de Anakin, passando carinhosamente os dedos pelo machucado. Anakin fechou os olhos, sentindo o toque da pele dela, em contato com a sua.

– Anakin, é tão lindo – ela declarou – Eu vivo um pouco mais desde o dia em você volta a minha vida, literalmente – eles riem. Ela suspirou, – Eu te amo, só sei que acima de tudo, eu te amo, Ani –
Os dois se beijam. Ao escutar as proclamas do juiz de paz, enquanto os declara, marido e mulher.

Padmé queria ter dito mais. Diante de tudo que Anakin falou para ela. Afinal, ela não era uma mulher de poupar palavras, quando deveria. Mas ele fazia aquilo com ela, Padmé sentia tantas coisas por Anakin, que ela, nem ao menos, era capaz de expressar em palavras. Ela o amava. E esse sentimento era grande demais, para apenas ser descrito com as mesmas...

– Vem comigo...

Ele pediu, entrelaçando os seus dedos de metal, com os dela. Eles saem, abandonando a varanda onde se casaram. Deixando os seus calçados para trás.

Os dois correm pelos jardins. A noite que começava, estava tão linda, que eles podiam jurar, que a paisagem mesclava entre o azul escuro e tons de roxo, batendo nas águas do rio.

Sob as cores escuras da noite, Anakin deitou Padmé, na grama úmida. Em um beijo casto. Ele explorou os lábios de sua esposa. Esposa, agora Padmé era a sua esposa. Ela é a mãe de seu filho. Anakin poderia gritar pelos quatro cantos da galáxia. Que ele pertencia a Padmé. Que ela era a dona de seu coração.

Ela, que gemeu contra os lábios dele. Anakin beijou o queixo dela, descendo por uma trilha, pelo o seu pescoço, até a clavícula amostra, serpenteando em torno da pele exposta. Padmé arqueou sob ele, em um gemido. Ela acariciou os cabelos dele, com a mão cheia, das ondulações loiras, entre os seus dedos. Anakin aproveitou, levando as mãos até às costas dela, desfazendo os botões do vestido, fazendo cosquinhas em sua pele. Padmé escondeu o rosto no pescoço dele, rindo contra a pele do marido, beijando a parte sensível do local:

– Esse vestido, você não pode rasgar, ouviu espertinho – ela sussurrou no ouvido dele.

– Eu vou tentar... – ele sussurrou de volta, exibindo um leve sorriso sínico. E ela, lhe puxa o cabelo – Ai... Está bem. Eu estou avisado – Padmé sorriu

Anakin Skywalker - Born To DieOnde histórias criam vida. Descubra agora