Capítulo 17

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1039 palavras

⚠️ Aviso ⚠️
Este capítulo contém abuso, violência, suicídio.

Quando li ao bilhete, subi as escadas silenciosamente e me encontrei com o final daquele corredor, foi algo além de mim estava dizendo em meus ouvidos "porque não vai até lá?" , de vagarosamente como quando estão naqueles filmes de terror perto de encontrar o assassino eu andei, o caminho até lá parece ter durado uma eternidade, porém, durou menos de 2 minutos, o ar estava calmo, mais ao mesmo tempo denso, com bastante cuidado abri a porta, o quarto estava uma bagunça, o bolo que meu pai havia comprado estava jogado por toda a cama, algumas lingeries e preservativos estavam no chão sem nenhum pudor algum, lembro de ter respirado fundo, mas notei a porta do banheiro aberta com uma pequena entrada de luz, talvez por achar que não encontraria nada foi que abri mais depressa ainda, aquele foi o meu maior susto, desesperado, medo, não sei até hoje quais palavras eu usaria pra descrever. Meu pai estava completamente nu, com os braços cortados profundamente por uma navalha, enquanto com as mãos e boca roxa se afogava, peguei meu pai no colo e comecei a descer as escadas enquanto minha roupa se molhava e ficava poças tanto de água quanto sangue no chão, meu pai chegou na hora e a governanta correu para o telefone, no mesmo minuto em que os policiais e o médico chegou foi dado o veredito era suicídio, o enterro aconteceu rápido não apareceu ninguém da família da minha "mãe", nem amigos, nem colegas, um homem um pouco mais alto apareceu e deixou flores enquanto se despedia com muitas lágrimas, eu nunca o tinha visto, mais meu pai aparentemente o conhecia.

Tentei me aproximar e falar com ele, o homem percebeu e me virou a cabeça chamando me pra entrar em seu carro, eu o segui sem pestear.

- Você deve ser filho dele não é? Meu nome é Sato Daichi, pode me chamar de Daichi, o seu é Sukuna certo? -O homem disse acendendo um cigarro enquanto me oferecia.

- Como sabe meu nome? Você e minha "mãe" eram amigos? -Sukuna disse enquanto pegava o cigarro e acendia.
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⚠️ Aviso ⚠️
A partir deste ponto a história conta a visão de Daichi, Ryosuke e Kanji.

Daichi acordou de manhã bem cedo e foi até a casa de Kaji, que era bem a frente da sua, ele foi buscar Kaji para jogar bola em um campinho que tinha duas quadras a frente, ele bateu algumas vezes na porta e quem atendeu foi seu pai, fedendo a cigarro e bebidas pediu pro garoto entrar, Kaji estava trancado no quarto como sempre esperando Daichi, nesse dia foi diferente Kaji estava suando muito enquanto o rosto corava.

- Vamos logo Daichi! -Kaji dizia cambaleando.

- Você tem certeza que tá bem? O sol tá muito forte pra gente jogar agora...a gente pode ir aman-Kaji o interrompeu novamente com um grito.

- EU VOU SOZINHO ENTÃO! -Kaji seguiu a frente, quando Daichi o alcançou.

Realmente o sol estava queimando naquele dia, mais a febre e a dor eram tudo por causa do cio, os garotos ainda não tinham tido o seus primeiros cios, então nenhum feromônio ou cheiro foi sentido por nenhum dos seus amigos, tudo ia bem até alguns meninos mais velhos pedirem pra jogar, Kaji saiu do campo e resolveu ir pra casa, ele passou por Ryosuke que já era o mais velho do grupo com seus quinze anos e Ryosuke notou completamente seu cheiro.

- Ei ei por que tá indo embora? -Daichi o seguia enquanto o rapaz corria.

- Você não percebeu!? -Kaji o puxou para o canto. - Eu estou no cio...eu...eu sou ômega Daichi...eu preferia me matar do que ser um maldito ômega! -Kaji disse limpando as lágrimas.

- Eu...você pode criar uma vida dentro de você Kaji, porque se sente assim? Sabe Kaji...eu...nunca confessei mais eu acho que gosto de você! -Daichi puxou os braços de Kaji, tomando um beijo dele. - Haha se você não tiver gostado...pode me bater... -O garoto dizia corado e envergonhado com um sorriso enorme.

- S-seu besta! -Kaji deu um tapa no mais velho e foi embora correndo.

Ryosuke via tudo de longe escondido enquanto ria, talvez já era ruim de natureza, mais segundo o próprio o cheiro de feromônios dele eram maravilhosos e não podia deixar com que ninguém tomasse o que era seu por direito.
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Nos cinco dias adiantes Daichi não viu Kaji, ele realmente se sentiu mal por pensar que o garoto havia odiado, mais não podia fazer nada que não estava ao seu alcance, até que um dia voltando da escola viu Kaji sentado na porta de sua casa.

- Kaji! Eu pensei que você não queria mais me ver! -Daichi mostrava um grande sorriso.

- Pfft...seu bobo, eu só estava descansando, vamos jogar bola hoje no campinho? -Kaji disse com um sorriso enorme.

Daichi concordou com um aceno pegando a mão de Kaji e indo em direção ao campinho, eles passavam horas conversando e contando, fazendo planos pro futuro.

- Se um dia você tiver um filho qual nome você colocaria? -Daichi perguntava enquanto se abraçava e dava beijos no rosto de Kaji.

- Hmm... provavelmente Sukuna... é um nome bonito não? -Kaji se assustou quando Daichi o empurrou e levantou correndo.

- Ótimo! Quando eu você tivermos um filho ele se chamara Sukuna. -Aquele mesmo sorriso brilhante apareceu novamente.

Naquele dia a tarde após se despedirem Kaji foi sua casa, no entanto ao entrar ele encontrou seu pai e sua mãe sentados na sala enquanto um garoto também esperava por ele.

- Kaji, meu filho, que bom que chegou, sente-se aqui. -Seu pai disse animado.  - Este é o Ryosuke, seu novo namorado, marido eu não me importo haha, ele te comprou por um preço absurdo, faça suas malas, a partir de hoje você é prioridade dele. -Seu pai disse rindo, enquanto a mãe permanecia calada olhando para baixo.

- O-oque? Mais e... é meus amigos, mãe vamos diga algo, MÃE! PORQUE VOCÊ NUNCA ME DEFENDE EU SOU SEU F- Kaji levou uma garrafada na cabeça e desmaiou.

No outro dia ele já havia acordado na casa de Ryosuke, quando se levantou da cama notou uma dor em sua nuca, Ryosuke havia o marcado.

The cut ThreadOnde histórias criam vida. Descubra agora