Capítulo 12

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1019 palavras

Era algo estranho, não sei explicar esse garoto é diferente...ele é como uma luz na minha vida, nem mesmo usei drogas enquanto estava com ele, já se passaram mais de meses que não estou com ele, me sinto um inútil, não tenho forças pra fazer mais nada, Toge esteve me ajudando durante esse tempo, fazer a barba, tomar banho, ajudando com despensas da empresa, mais ele tá meio diferente também ?

- Toge senta aí, precisamos conversar, o que tá acontecendo você não tá vindo mais pra cá...-Sukuna disse dando um bloco de notas para o garoto.

- "Eu vou terminar de pagar as dividas do meu pai" -Ele escreveu na nota.

- Pfft corta essa, tem mais coisa você tá sorrindo muito ultimamente. -Sukuna disse chegando mais perto e apontando para o bloco novamente.

- "Eu vou me casar" -Toge disse passando a mão na barriga.

Sukuna ficou meio boquiaberto, mais se parasse para pensar ele não transava com Toge a muitos meses desde o enterro do avô de Itadori.

- Sou o pai? -Sukuna disse sério.

Toge apenas riu e fez com não com a cabeça, escrevendo no papel "Yuta". Sukuna se levantou e pegou um caderno onde anotava as dividas dos outros quando entregou na mão de Toge dizendo.

- Pode tirar seu nome daí, você tá livre...perdão por oque eu fiz...só saia logo da minha frente! - Sukuna disse dando de ombros e indo ao encontro de Nanami.
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- Bom dia senhor posso te ajudar com algo? -Enfermeira.

- Eu vim conversar com Nanami...-Sukuna.

Alguns minutos depois.

- Senhor, o Nanami não está hoje...sinto muito é o dia de férias dele...posso remar- Enfermeira.

- Argh...não precisa...-Sukuna disse a interrompendo.

Sukuna saiu do hospital e ficou andando alguns quilômetros de carro pensando em o que fazer agora, já que nem o amigo mais próximo estava perto, ele voltou até seu escritório e começou a ligar para Maki que não atendia, havia lembrado que agora a garota estava ocupada cuidando da sobrinha que havia nascido a pouco tempo, Sukuna foi até o carro e pensou em Itadori, logo fez o caminho até a casa antiga dele, afinal ainda achava que ele estava morando com Gojo, mais para sua surpresa a casa estava iluminada e saía fumaça da chaminé, sem pensar muito Sukuna se afastou bruscamente, mesmo assim quando se deu conta estava batendo na porta novamente.

*Toc toc*
Itadori atendeu e estava com uma blusa de frio e com o rosto avermelhado e ficou aparentemente surpreso com a vinda do mais velho.

- O que você quer agora? -Itadori disse enquanto segurava uma luva térmica.

- Eu não sabia que estava morando aqui...só passei e vi a casa funcionando...como você está? -Sukuna dizia meio envergonhado.

- Argh...entra aí...-Itadori disse indo em direção ao pequeno fogão e tirando a panela do fogo. -Estava fazendo mochi, já terminei de fritar você quer um pouco? -Itadori se sentava enquanto oferecia para Sukuna.

Sukuna sentou na frente de Itadori e pegou um dos doces, colocou na boca e sentiu uma magia, jamais havia comido um Mochi tão gostoso, mesmo comendo em lugares com até 5 estrelas, talvez porque foram feitas por Itadori.

- É uma delícia, não pensa em ser chefe? -Sukuna disse enquanto engolia o chá.

- Hehe...bom meu avô queria sim abrir uma confeitaria, ele me ensinou tudo...-Novamente o silêncio ponderou e Sukuna se sentiu culpado por falar sobre o avô de Itadori.

- Hm, você poderia abrir, quer dizer eu posso abrir se quiser... -Sukuna dizia com a boca cheia de Mochi.

- É para isso que veio aqui? Não quero nada seu mais Sukuna, não pense que eu vou voltar.-Itadori disse se levantando e indo até a geladeira.

- Não! Não vim aqui pra isso, aliás como você tá hurum sem os feromônios...- Sukuna disse o acompanhando.

- Eu estou bem! acho melhor você ir pra casa, ouvi que vai ter um temporal...-Itadori.

Quando derrepente Sukuna levou um susto com um raio caindo.

- Boa noite Sukuna! -Itadori disse apontando para a porta.

Quando Sukuna já estava na porta ele teve um plano.

- Ei? Que tal fazermos uma festa do pijama em minha casa? -Sukuna.

- Não! -Itadori virava o rosto como uma criancinha.

- Ah...vamos lá! Nunca fez isso aposto, podemos sair, comprar coisas e alugar a um filme...vamos lá Itadori, prometo não fazer nada! -Sukuna dizia rindo de canto.

A ideia realmente animava a Itadori, afinal ele amava assistir filmes e nunca havia feito uma festa do pijama com ninguém, nem com seu amigo Megumi, pois o garoto sempre estava ocupado.

- Ok...mais eu vou escolher os doces, comidas e o filme. -Itadori dizia sorrindo de ponta a ponta.

- Pfft, tudo bem. -Sukuna disse passando a mão na cabeça do mais novo.
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Chegando até o mercado Itadori pegou vários doces e comidas afinal de contas quem iria pagar era Sukuna, o filme alugado era de romance que Itadori queria ver a um tempo com seu avô antes de ele partir, chegaram na casa de Sukuna e parecia mil vezes pior, estava de cabeça pra baixo, camisinha no chão, cocaína na mesa da sala, perfumes e camisas jogadas pela cozinha, por um momento Sukuna sentiu vergonha de si mesmo.

- Sukuna posso te perguntar uma coisa? -Itadori disse sério.

- claro, deixa eu só arrumar a bag-Sukuna foi interrompido.

- Você ainda usa cocaína? -Itadori.

- Sim...-Sukuna mais uma vez se sentiu envergonhado e voltou a catar as camisinhas enquanto Itadori o seguia pela casa. -Mais eu me controlo ok? Sei que não vai acreditar, mas sei me controlar...-Sukuna disse agora guiando o garoto que colocava as sacolas na mesa.

- Desde quando você usa? -Itadori disse meio cabisbaixo.

- Ei ei, que voz é essa em garoto, olha eu posso parar de usar se você quis- Sukuna foi interrompido pelas lágrimas de Itadori.

- Só...para ok? Por favor...m-me promete Sukuna? -Itadori.

- Claro! Eu prometo...só não chora ok? -Sukuna disse abraçando a Itadori.

Novamente o silêncio tomou conta, só que dessa vez Itadori deu um sorriso quente para Sukuna que sentia que seu coração podia explodir a qualquer momento.

The cut ThreadOnde histórias criam vida. Descubra agora