Jauregui | Adaptação Camren

capítulo 42 - epílogo.

Enfim o último capítulo... Espero que vocês tenham gostado da história até aqui, pois eu amei adaptá-la, amei as interações, foi muito bom.

Espero que vocês fiquem com tanta raiva da autora original como eu fiquei e aproveitem cada segundo.

OBS: os dois da capa vão aparecer nesse capítulo

Enjoy :)

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💎 Guarulhos, três anos depois 💎

O voo 538, originado de Paris, chegou a Guarulhos por volta das duas horas da tarde. Assim que desceram da aeronave, os passageiros se depararam com um dia tão ensolarado que parecia até verão e não outono. A maioria deles exibia uma cara amassada de sono, pois ainda estavam no fuso horário da cidade de luz.

Todo o trâmite pós-desembarque durou cerca de uma hora. Lauren fazia tudo em ritmo lento. Era uma das mais sonolentas. Camila, ao seu lado, estava mais disposta. Ela trazia em seus braços a pequena Sayuri, uma menina de origem japonesa, de cinco anos de idade que a mulher e sua companheira criavam juntas. Sayuri dormia pesadamente causando inveja em Lauren.

— A vida é engraçada, não é? Eu ralo igual louca no bistrô e a minha meta de vida é essa da Sayuri. Ter alguém que me carregue no colo para lá e para cá, me alimente, me deixe ver TV o dia todo, me encha de mimos.

— E a única tarefa que ela faz o dia todo é juntar os brinquedos que ela usa. — Camila comentou humorada. — Invejável.

— Outro dia eu mandei ela juntar os brinquedos que ela usou, aí ela disse que era pra gente brincar de faxina. Ela era minha patroa e era pra eu juntar os brinquedos que ela ia sair. Ela foi para sala e ficou vendo Toy Story...

— E você, Lauren? — Camila questionou desconfiada. — Você não juntou os brinquedos, não é?

— Eu era empregada dela e... — Lauren refletiu e só então se deu conta de que foi passada para trás. — Ela me enganou! — Derreteu-se. — Meu sushizinho é tão esperto... — Camila a fitou. Como toda mãe de primeira viagem, Lauren era completamente coruja. Se Camila não brecasse, Sayuri acabaria ficando mal acostumada. A cozinheira tratou de endurecer antes que ela própria levasse uma bronca da mulher. — Que vai ficar de castigo assim que acordar... — Voltou a se derreter observando a menina dormir. — Tão esperta!

Camila revirou os olhos e encerrou a conversa com um pequeno sorriso. Apesar da jornada atribulada cuidando de Sayuri, da casa, terminando seu mestrado e ainda retomando sua carreira de jornalista como repórter de uma revista especializada em atualidades, Camila não podia reclamar de vida. 

Ela e Lauren residiam em um apartamento no coração de Paris, estavam há dois anos e oito meses em um relacionamento sério, cheio de cumplicidade e ainda havia herdado metade de todo o patrimônio que Mario possuía. Nicholas havia conseguido uma bolsa de estudos em uma renomada escola de culinária francesa, morava há poucas quadras da irmã e era aprendiz de Lauren no bistrô. Tinha uma mulher apaixonada, uma família amorosa, amigos leais, estabilidade financeira e morava em uma das cidades mais românticas do mundo. Seu único porém era a saudade de Jennifer, mas isso se resolvia com tecnologia e viagens de seis em seis meses.

Com a herança do pai, Jennifer vivia muito bem. Com a sua parte do patrimônio herdado de Mario, a garota havia aberto uma ONG chamada "Maitês e Claras", homenagem a sua mãe de sangue e a mãe de Lauren, especializada em oferecer atendimentos a mulheres vítimas de relacionamentos abusivos e de violência doméstica. Entre os serviços da ONG, havia atendimento psicológico, atividades profissionalizantes para emancipar mulheres que estavam em relacionamentos doentios, pois não tinham como se manter financeiramente, cursos de leis e direitos, entre outras atividades. Animada com a ONG, Jennifer já pensava em sua segunda faculdade, Serviço Social. Ela e Micróbio moravam no apartamento que Camila havia comprado para si.