capítulo 06.

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"Não dá. Não posso. Acho que podemos conversar aqui mesmo".

O intervalo entre a pergunta de Lauren e a resposta durou cinco segundos, mas foi o tempo suficiente para que a chef de cozinha imaginasse diversas desculpas vindas da tia. Keana tinha razão quando afirmava que Lauren era ineficaz em esconder seu interesse romântico pela esposa do tio, por esse mesmo fato que Lauren acreditou que Camila arrumaria algum jeito de escapulir de seu convite.

— Você tem preferência por algum lugar ou posso escolher?

— Oi?

— Podemos sair para jantar, mas que lugar você quer ir? — Camila mirou os olhos de Lauren e sorriu por conta de sua surpresa. — Você me chama para sair e se assusta quando eu aceito?

— É que... — Lauren percebeu que sua face estava corada. Apesar da pouca idade, a chef se considerava uma mulher experiente na divisão de relacionamentos e flertes. Sua mente não conseguia conceber nenhum argumento concreto que explicasse porque se sentia tão insegura ao lado de Camila. — Achei que você pudesse não aceitar.

— Por que?

"Para não alimentar nenhum tipo de esperança que eu possa ter", Lauren respondeu mentalmente. Logo se desfez daquela ideia. Camila nem notava seus sentimentos, como evitaria algo que ela nem sabia que existia?!

— Sei lá... É mais comum esse tipo de conversa, entre cliente e corretor, em ambientes mais formais, não é?

— Não... Muita gente nem tem tempo para isso, aí eu pego a pessoa em um almoço, no intervalo de um café no serviço e até no horário de academia, dá para acreditar? — Camila revelou em um tom divertido. Lauren sorriu realmente surpresa. Corretores sempre pareciam ter uma aparência tão séria, nunca imaginaria um deles trocando a pasta de documentos e o escritório com ar condicionado por uma calça de lycra e os gritos irritantemente motivadores dos professores de academia. — Mas então, que lugar você quer ir?

— Eu prefiro que você escolha o lugar. Às nove estou pronta.

— Por mim tudo bem, está ótimo. Agora eu vou ter que ir porque preciso mesmo passar no escritório para pegar umas coisas que ficaram por lá. — Aplicou um beijo no rosto da jovem estudante. — Te vejo às nove.

"Te vejo às nove". Aquelas palavrinhas pareciam mágicas. A vontade da morena era voltar para seu quarto saltitando de felicidade. Ao encostar a porta, deu graças a Deus pelo fato de Keana ter viajado, caso contrário, estaria ouvindo um sermão.

Até imaginava as palavras de Keana. "Você toma cuidado porque pode ser perigoso". Sem dúvida poderia ser mesmo. Não Camila em si, mas um possível envolvimento sentimental poderia pôr seus planos a perder. Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso se afastaria de Camila para evitar o florescimento de sentimentos, porém havia um pequeno detalhe que a impedia de fugir de Camila. Não tinha a mínima vontade de ser responsável, de ser comedida ou racional quando estava junto dela. Seu desejo era um fenômeno natural. Que pessoa conseguia impedir a chuva de chover ou o sol de nascer e brilhar?

💎

O voo entre São Paulo e Florianópolis durou cinquenta minutos, como era previsto. Keana chegou na ilha por volta das três horas da tarde. A pousada da mãe ficava na praia de Jurerê, um dos endereços mais badalados de Floripa. Seu plano era almoçar com a família, descansar um pouco e aproveitar o final da tarde para assistir o pôr do sol da bela Jurerê, mas Keana foi interrompida.

Jauregui | Adaptação CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora