CAPÍTULO NOVE

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EU TE DESAFIO

   Acordei sentindo algo me segurar forte e, quando abri os olhos, percebi que não estava no meu quarto. Então, lembrei-me de onde estava e das coisas que fiz e disse na noite passada. Minhas bochechas ficaram rubras com esse pensamento; eu nunca tinha sido tão safado daquela forma. Olhei para baixo e percebi que estava com um pijama inteiramente branco. Pelo menos o Ricardo colocou uma roupa em mim depois que eu dormi.

   Estávamos na enorme cama dele, cobertos por um edredom branco e dourado. Tentei me mexer na cama, mas uma pontada de dor na minha bunda me fez gemer. Não achei que Ricardo fosse tão selvagem no sexo, mas ele fez apenas o que eu pedi. Se eu soubesse que ficaria assim, não teria pedido para ele ir tão longe. Senti o abraço dele me apertar um pouco mais firme contra minha barriga e a boca dele me dar beijos nas costas.

   — Bom dia. — disse ele, a voz rouca extremamente sexy.

   — Bom dia. — respondi, levando minha mão até a dele e entrelaçando nossos dedos. — Dormiu bem?

   — Como um anjo. — respondeu sorrindo, intensificando os beijos. — Espero não ter te machucado muito, ragazzo.

   — Eu pedi, lembra? — com dificuldade, me virei de frente para ele e o olhei nos olhos. — O que acontece agora?

   — Como assim?

   — Sabe, eu nunca saí com um cara por mais de uma noite. Eu sempre acabava saindo de fininho de manhã. — Ricardo sorriu para mim, tocando meu rosto com a mão.

   — Acho que a gente precisa se conhecer melhor. A gente quase não se viu essa semana e eu jamais iria pedir para sair com você, sem antes saber se seu pai ficaria bem. — concordei com a cabeça.

   — Eu agradeço, não teria a mínima vontade de sair para fazer compras sabendo que meu pai podia ter alguma complicação. Ainda bem que tudo ocorreu bem. — aproximei meu rosto do peito dele e apoiei a cabeça ali.

   — Eu disse que tudo iria ficar bem! Eu não minto, ragazzo. — ri do que ele disse e abracei o corpo dele, fechando os olhos. — Sabendo disso, eu tenho que te contar algo sobre minha família que pode mudar seu pensamento sobre mim.

   Abri os olhos assustado e o encarei. Ricardo estava sério. O que ele quis dizer com isso?

   — Você está me deixando ansioso, fala logo. — disse com a voz trêmula.

   — Bom, você vai fazer parte da família e, depois que a gente se casar, vamos ser os chefes dela. Sou o filho mais velho, é a minha obrigação. — Ricardo suspirou e fechou os olhos, esfregando a mão no rosto duas vezes. — Minha família não trabalha só com vinhos, somos de uma máfia que assalta bancos.

   Esperei ele dizer que estava brincando, mas Ricardo continuou sério. Ele é criminoso? Ele é perigoso? Eu estou em perigo? Meus pais estão em perigo? Eram tantas perguntas na minha cabeça e as respostas para elas eram tantas que eu só soube dar uma risada nervosa e me afastar dele. Ricardo pareceu chateado com isso, mas no momento eu não me importei, olhando-o com raiva.

   — E você só decidiu me contar isso agora? Depois que eu te apresentei para minha família toda? — Ricardo se ajoelhou na cama, ele estava só com uma calça de moletom.

   — Eu sei que devia ter dito antes, no dia em que assinamos o contrato, mas fiquei com medo. Tive medo dessa sua reação. Sei que foi errado, mas eu não queria te perder. — procurei qualquer sinal de mentira nele, mas não encontrei.

   — Você esperou a gente fazer sexo para ter coragem de me dizer isso? — perguntei, aumentando meu tom de voz. — Como você quer que eu confie em você?

   — Per favore, ragazzo, eu juro que nunca iria deixar nada e nem ninguém machucar você ou sua família. — Novamente, eu não senti que ele estivesse mentindo para mim. — Acredite em mim, jamais teria te colocado na minha vida se eu não soubesse que fosse capaz de protegê-lo!

   Voltei a me deitar na cama, fechando os olhos e pensando nas coisas que ele acabou de me dizer. O cara com quem eu vou casar é de uma máfia italiana. Onde é que eu estou? Em algum livro de romance estranho? Acho que o pior de tudo é saber que isso não me incomoda nem um pouco. Qual é o meu problema? Por que ele parece mais interessante agora que eu sei disso?

   Soltei um alto grito e abri os olhos, notando que Ricardo continuava na mesma posição de antes. Ele me olhava curioso e ansioso para saber a minha resposta. Estendi minha mão para ele, que a segurou com um sorriso e se deitou ao meu lado, me abraçando.

   — Qual a sua garantia de que minha família vai estar segura? — perguntei em um sussurro.

   — Vai ser minha família também, e eu faço de tudo para proteger minha família. — Concordei com a cabeça, olhando para a boca dele. — Ragazzo, eu prometo que sua família nunca se envolverá nesses assuntos. — Concordei com a cabeça e ele pareceu ficar assustado. — Fala alguma coisa, por favor.

   — Me promete mais uma coisa? — pedi, e ele concordou com a cabeça, beijando minha bochecha. — Não me esconda mais nada desse tipo. Se vamos fazer isso, temos que ser transparentes um com o outro.

   — Eu prometo, nunca mais vou esconder coisas de você. — Sorri para ele, dando um beijo em sua bochecha.

   — Onde o V está? — perguntei, testando-o.

   — Por que isso agora? — Semicerrei os olhos e esperei ele me responder. Ricardo bufou, admitindo a derrota. — Cuidando de um delator, provavelmente vai matá-lo.

   Prendi a respiração; eu não estava esperando que ele fizesse isso tão rápido. Acho que, se vou me casar com ele, é melhor me acostumar com esse tipo de assunto. Soltei a respiração e apoiei a cabeça no peito dele. Ricardo me abraçou forte, transmitindo um sentimento de proteção.

   — Você sempre gostou disso? De ser um mafioso? — Nem acredito que estou dizendo isso.

   — Teve vezes em que eu desejei não ser um. Quando se vive nessa vida, temos que crescer mais rápido que o normal. Mia mamma se tornou chefe da famiglia muito jovem, tendo que lidar com assuntos que antes eram apenas dos homens. Ela mudou isso, provando para todos que uma mulher seria capaz de lidar com todos os esquemas e com todo o sangue. — Ele explicou, fazendo um carinho nas minhas costas. — Quando ela se casou, todos acharam que mio padre iria se tornar o novo chefe, mas ele não queria isso e mia mamma continuou no poder.

   — Deve ter sido bastante difícil para ela. — comentei, imaginando que essa vida não é fácil.

   — E foi, mas ela mostrou que o sangue Bianchini corria em suas veias e calou a boca de qualquer um que duvidava dela! — Ricardo sorria ao falar de sua mãe; ele deve amá-la muito. — Quando eu nasci, meu destino como futuro chefe estava selado. O primeiro filho ou filha de um chefe da famiglia sempre assumiria o posto depois que completasse trinta anos. Estou três anos atrasado porque ainda não arrumei um marido. Este é meu último ano; depois disso, serei deserdado e ficarei sem mia famiglia.

   — Eles fariam isso? Mesmo te amando, eles iriam te deixar de fora? — olhei para Ricardo, que estava com um rosto sombrio.

   — É a regra. Por mais que seja doloroso, é o que todos devemos fazer. — toquei a mão dele e beijei seu peitoral, dizendo que eu estava ali com ele. — Felizmente, eu te encontrei, ragazzo. Alguém com quem eu quero passar o resto dos meus dias.

   — Você já fez um assalto? — perguntei, tentando mudar de assunto.

   — Chiaro, foi como um tipo de iniciação. — concordei com a cabeça.

   — Você já matou alguém? — Ricardo me olhou, talvez procurando medo, mas eu só estava curioso.

   — Uma única vez. Um cara que tentou abusar de mia sorella, ela tinha só treze anos. Depois disso, mia mamma ensinou todo tipo de defesa e artes marciais para ela, a tornando uma assassina de aluguel. — Ricardo falava com pesar na voz, acho que ele não queria isso para a irmã.

   — Sinto muito. — Disse e ele sorriu, me beijando na testa.

   Ricardo e eu ficamos mais algum tempo conversando. Ele me explicou algumas outras coisas. Disse que, apesar de serem mafiosos, eles não matavam por diversão e que só faziam isso caso fossem traídos ou como vingança por algum membro da família. Eu nunca fui muito de assistir filmes sobre máfia e tudo mais. Se eu soubesse que iria me casar com um, teria estudado um pouco.

   Nós levantamos da cama pouco depois das nove horas da manhã. Minha bunda estava doendo, o que me impedia de ficar sentado por muito tempo. No café da manhã, parecia que estávamos comendo um banquete, de tanta comida que havia naquela mesa. Ricardo e eu não demoramos a comer. Ele me pediu desculpas, dizendo que tinha um assunto de trabalho com o tal João Paulo e que, por isso, não podíamos ficar juntos o dia todo.

   Eu simplesmente aceitei, mas fiquei feliz quando ele disse que o V estaria de volta ainda hoje para me levar ao hospital e buscar meus pais. Nesta semana, V e eu acabamos ficando amigos. Apesar de ele ser bem calado e contido, eu gosto da companhia e da amizade dele.

   Quando acabamos nosso café da manhã, uma das empregadas de Ricardo apareceu dizendo que havia levado minhas coisas para a suíte principal. Olhei para ele, que sorriu e agradeceu à mulher. Cruzei os braços, esperando por uma desculpa, mas ele não a fez. Revirei os olhos e me levantei da cadeira, sendo surpreendido por Ricardo, que me pegou no colo e me carregou como na noite passada.

   — O que você está fazendo? — perguntei, me agarrando ao seu pescoço.

   — Carregando meu noivo para o nosso quarto. É que eu deixei a bunda dele muito dolorida nessa madrugada. — senti meu rosto inteiro corar e olhei para os lados, procurando alguém, mas felizmente estávamos sozinhos.

   — Será que você pode falar mais baixo? Não quero que as pessoas descubram isso.

   — Meio tarde, ragazzo, seus gritos devem ter sido ouvidos por toda a mansão. — Afundei no peito dele, meu rosto inteiro se avermelhou.

   Fiquei daquele jeito até que chegamos ao quarto. Ricardo me colocou na cama e subiu por cima de mim, me olhando de cima. Olhei nos olhos dele, encontrando aquelas esmeraldas tão lindas e magníficas. Ele realmente é um homem muito bonito. Nem acredito que vou pular toda a fase de namoro e me casar com esse cara.

   — Quer tomar banho comigo?

   Concordei com a cabeça e Ricardo tirou minha roupa, peça por peça. Logo eu estava nu, com o olhar dele me fitando dos pés à cabeça. Ricardo tirou a camisa e a calça de moletom, ficando apenas de cueca. Ele estava excitado e eu também estava começando a ficar, mas não sabia se iríamos ir além. Minha bunda estava dolorida o bastante para querer reviver o que aconteceu na noite passada. Ricardo tirou a cueca e finalmente estava nu.

   Ele me estendeu a mão e eu a aceitei, sendo levantado da cama. No espelho do quarto, meu reflexo cansado me encarava, mas além disso, eu conseguia ver as costas de Ricardo. Ele tem uma tatuagem ali, um tigre rugindo. Virei-me de costas, querendo ver o estado da minha bunda no espelho. Quase soltei um grito ao perceber o quão acabado eu estava. Havia marcas de mordidas e alguns roxos.

   — Caralho, parece que eu levei uma surra. — disse, e Ricardo, apesar de parecer arrependido, sorriu.

   — Você levou uma surra de...

   — Se terminar essa frase eu te deixo sem seu amiguinho. — O encarei com raiva e ele me abraçou por trás.

   — Mas aí você não teria com o que brincar, ragazzo. — senti o pênis dele contra as minhas costas e fechei os olhos, imaginando aquilo em mim de novo.

   — Não vamos fazer sexo agora. — disse, e ele riu abafado.

   — Tudo bem, eu deixo você descansar um pouco até se acostumar com meu ritmo. — bufei, irritado, e Ricardo beijou meu pescoço. — Vem, vou te dar um banho.

   Ricardo me levou para o banheiro dele, que continuava da mesma forma que antes. Ele ignorou qualquer coisa e me levou diretamente para o box. Eu me sentia uma criança com ele tomando conta de mim desse jeito. Ricardo entrou comigo no box e nos trancou ali dentro, ligando o chuveiro, que rapidamente derramou água quente sobre nós. Fechei os olhos, sentindo-me bem com a nossa situação.

   Ricardo me abraçou de forma protetora. Devolvi o abraço, envolvendo sua cintura e apoiando a cabeça em seu peito. Ele é tão quente e muito bom de abraçar. Nem parece que esse cara, todo carinhoso comigo, faz parte de uma máfia italiana. Senti o toque de Ricardo em mim, começando pela minha nuca e descendo até o meio das minhas costas. Meu corpo se arrepiou todo com o toque dele.

   Seus dedos grossos faziam desenhos em mim, enquanto eu sentia que nossos membros brigavam para saber quem iria ficar por cima de quem. Em certo momento, Ricardo afastou meu corpo do dele e me olhou diretamente nos olhos. Suas íris me encarando com desejo, paixão e luxúria. Seus olhos focaram em minha boca, que lentamente se abria em um sussurro e um pedido.

   — Me beija! — ordenei, notando seu sorriso de canto.

   Ricardo aproximou sua boca da minha e juntou nossos lábios. Sua língua rapidamente pediu por passagem, que lhe foi concedida rápido. Suas grandes mãos agarraram meu pescoço, o apertando com uma certa firmeza. De início, eu me assustei, mas logo ele afrouxou seu aperto. Senti meu corpo inteiro se arrepiar quando ele me encostou na parede gelada.

   Minhas mãos estavam na cintura dele, mas rapidamente se moveram para a bunda de Ricardo. Notei um sorriso se formar em nosso beijo e isso me deu motivação para continuar. Pressionei suas nádegas entre meus dedos, percebendo o quão durinhas elas eram.

   Ricardo se afastou, ambos buscamos ar e sorríamos como dois bobos. Ele fez carinho no meu rosto, esfregando o polegar no meu lábio inferior. Seu nariz se esfregava no meu, me fazendo sorrir ainda mais para ele. Eu não sei como meu coração pôde ter se entregado tão rápido a ele, mas confesso que, no momento, não me arrependo dos sentimentos que estão aflorando em mim.

   — Melhor a gente parar, caso contrário, vou te foder agora mesmo. — Ricardo estava bem próximo, me deixando sentir seu hálito quente em mim.

   — Não precisamos ir até o final. — disse, notando o olhar surpreso dele.

   Em um movimento rápido, troquei nossas posições e agora era Ricardo quem estava de costas para a parede. Segurei firmemente seus braços, impedindo-o de me tocar. Dei um beijo em sua boca, descendo para seu queixo e depois para o pescoço. Ricardo gemia, sua voz grossa me deixando ainda mais excitado.

   — Vou te propor um pequeno desafio, Ricky. — disse, seus olhos estavam em um fogo lascivo.

   — Você gosta de me torturar, não é? — sorri brincalhão, me fazendo de inocente.

   — Não sei do que você está falando. — ouvi a garganta de Ricardo soltar um som que pareceu o ronronar de um gato. — Eu vou te fazer um boquete, — vi o sorriso na boca dele se alargar. — mas você não pode me tocar ou se tocar. Tem que ficar com mãos e braços encostados na parede.

   O sorriso dele vacilou por alguns segundos, me fazendo sentir vitorioso. Sei o quanto ele gosta de me tocar e isso vai ser bem difícil para ele não fazer. Ricardo voltou a sorrir, recobrando sua postura e me olhando provocativamente de novo. Meu corpo inteiro se arrepiou, animado para o que vamos fazer.

   — O que eu ganho se cumprir o desafio?
   Pensei por alguns segundos. Não tinha pensado nisso antes, mas logo me veio uma ideia interessante.

   — Se você cumprir o desafio, Ricky, eu deixo você me foder onde e quando quiser, não importa onde seja. — Ele pareceu ficar animado com o que eu disse. — Mas, se você perder, eu quero que você use uma coleira de cachorro por um dia inteiro e não vai poder esconder de ninguém.

   — Interessante, ragazzo. Acho que fiz a escolha de noivo perfeita. — Ele me deu um beijo. — Desafio aceito!

   Ricardo encostou as mãos e braços na parede, me fazendo sorrir. Me aproximei dele, beijando seu pescoço e descendo por seu corpo. Sentindo sua pele com o toque de meus lábios. Passei por seu peitoral, depositando beijos e carícias com a mão. Me abaixei um pouco, lambendo seu abdômen molhado da água do chuveiro. O gemido grosso e alto de Ricardo me fez encará-lo.

   Seus olhos estavam fechados e sua boca aberta em uma respiração pesada. Notei a força que ele fazia para manter os braços longe do meu rosto. Sorri em diversão, tocando seu saco e o apertando com carinho. Novamente ele gemeu, seu braço saindo da parede e rapidamente voltando. Ele está mesmo empenhado em ganhar essa aposta.

   Ricardo abriu os olhos, me encarando enquanto eu ajoelhava no chão e ficava cara a cara com seu pau. Minha respiração também estava pesada e minha boca já salivava em desejo de sentir o gosto desse pedaço de carne. Lentamente aproximei meu rosto de seu pênis, encarando Ricardo para garantir que eu captei todas as expressões de prazer dele.

   Meu noivo parecia prestes a explodir de vontade de mover os braços. Meus lábios finalmente encostaram na sua glande, fazendo o italiano suspirar. Abri a boca, lambendo apenas a ponta da glande e eu já podia sentir o gosto de seu pré-gozo. Ricardo soltou um gemido alto e longo, enquanto eu dava mais algumas pequenas lambidas na sua glande.

   Com minha mão livre eu iniciei uma punheta em mim mesmo. O misto de sensações me fazendo delirar de vontade de colocar tudo na boca logo. Coloquei a glande dele inteira na boca, lentamente engolindo cada centímetro de todo seu pênis. Meus olhos estavam direcionados aos dele, meu rosto esquentando em um breve momento de vergonha, que não passou despercebido por ele.

   Ricardo sorria, ainda me deixando controlar toda a situação. Seu pau lentamente foi se alojando dentro de minha boca e invadindo minha garganta. Meu nariz bateu em sua virilha e lentamente eu me afastei, ouvindo os gemidos e palavras que ele dizia em italiano. Confesso que sempre que ele geme essas palavras em outra língua, faz eu me sentir ainda com mais tesão.

   O pênis de Ricardo estava agora todo babado e molhado da água do chuveiro. Eu repeti esse movimento mais algumas vezes, sempre aumentando o ritmo a cada nova investida. Logo eu já estava tirando e colocando rápido, sentindo sua glande bater contra as paredes de minha garganta diversas vezes.

   — Mi stai uccidendo, ragazzo. — disse Ricardo, se agarrando a parede.— Não para, por favor.

   Aumentei meu ritmo, notando Ricardo desesperadamente tentando recompor sua postura. Tirei minha mão que estava em seu saco e levei até seu abdômen, o arranhando todo. Meu noivo gemia alto, gritando meu nome algumas vezes e eu confesso que isso me fez ficar mais motivado. Agarrei sua cintura, apertando com força ao sentir algo ser despejado em minha garganta.

   Ricardo jogou a cabeça para trás, a batendo contra a parede. Seus braços estavam abertos, mas ainda encostados na parede. Com um pouco de dificuldade, engoli cada gota que seu pau expelia dentro de mim. Isso foi meu estopim, gozando no chão ao sentir o sabor do Ricardo, me fazendo gemer ainda com o pênis dele na boca. Depois de alguns segundos eu me afastei, deixando ele deslizar para fora.

   Encarei Ricardo com um sorriso, que me olhava cansado, mas satisfeito. Me levantei, respirando com um pouco de dificuldade e apoiei minha cabeça no seu peito. Ele ainda não tinha voltado a me tocar, então eu peguei os braços dele e o fiz me abraçar. Seu queixo se apoiou no topo de minha cabeça, seus braços finalmente me apertando com vontade. Seu peito subia e descia, também tendo dificuldades para voltar ao normal.

   — Eu ganhei! — disse ele, me fazendo rir anasalado.

   — Não, nós dois ganhamos. — Levantei meu rosto e o encontrei me encarando confuso. — Vai ser a minha bunda que você vai foder, eu também vou aproveitar isso.

   Ricardo pareceu finalmente entender onde eu queria chegar. Suas sobrancelhas se erguendo em compreensão. Tanto se eu perdesse, quanto se eu ganhasse, Ricardo iria fazer algo que eu iria gostar. Eu não saio perdendo nessa aposta.

   — Você me enganou! — disse ele, indignado e sorrindo divertido. — Eu sabia que tinha escolhido a pessoa certa para assumir la famiglia comigo. Saber que você tem esse dom só me faz ficar orgulhoso.

   Ricardo me puxou para um beijo, mordendo meu lábio inferior ao terminar. Ainda temos um longo dia e, inferior ao terminar. Ainda temos um longo dia e, infelizmente, só vamos voltar a nos ver à noite. Pelo menos meu pai vai sair do hospital. Vai ser divertido ter meus pais aqui com a gente.

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