CAPÍTULO DEZESSETE

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VOCÊ ME TRAIU?

   Eu sabia que Ricardo estava aprontando alguma coisa, mas nada me preparou para o que realmente aconteceu. Durante o caminho até o restaurante, ele foi me dizendo que eu precisaria me manter calmo e com um sorriso no rosto. Eu apenas o olhei intrigado e, com um sorriso, Ricardo me garantiu que não seria nada demais. Perguntei o que ele estava tramando, mas não obtive resposta e V também não me dizia nada, provavelmente por ordem de Ricardo. Nem mesmo quando eu o provoquei, tocando sua perna e subindo minha mão para seu membro, ele apenas gemeu e disse que não iria dar certo. Um pouco irritado, cruzei os braços e virei o rosto, não olhando mais para ele.

   Quando chegamos ao restaurante, meu queixo caiu ao notar que havia duas fileiras de paparazzi na porta do local. Ricardo pegou minha mão, levou-a até os lábios e sussurrou que eu deveria me manter calmo. Concordei com a cabeça, recebendo um beijo dele, e logo depois a porta de Ricardo se abriu. Ele saiu primeiro, recebendo inúmeros flashes de câmeras e gritos de homens e mulheres pedindo por uma foto exclusiva. Eu já sabia que ele era um homem famoso, desses que saem em capas de revistas, mas eu realmente não entendo como um mafioso pode ser famoso apenas por ser rico e ninguém descobrir.

   V estendeu a mão para mim e eu a segurei, saindo do carro pelo mesmo lado que Ricardo. Novamente, mais flashes e agora eu via rostos de pessoas incrédulas com a minha aparição. Ricardo escolheu justo hoje para sair do armário e, o pior de tudo, provavelmente vamos estar em sites de fofocas. Consigo até imaginar a manchete:

   “Playboy bilionário vai se casar com um João-Ninguém!”

   Como Ricardo me instruiu, apenas sorri simpático e respirei fundo, tentando não ter um ataque do coração. Ricardo pegou minha mão, fazendo-me encará-lo, e quando nossos olhares se encontraram, eu soube que tudo iria ficar bem. Ele me transmitia a tranquilidade e a confiança necessárias para atravessar aquele enorme tapete vermelho que provavelmente foi posto apenas para nós. Ricardo beijou minha mão e depois meu rosto, fazendo-me corar e suspirar. Com confiança, nós andamos em direção à entrada do restaurante. Vários gritos de homens e mulheres perguntavam sobre a nossa relação, se Ricardo estava experimentando coisas novas ou se ele tinha ficado louco.

   Ele não respondeu a nenhuma pergunta, porém parou quando viu um rosto conhecido. Ricardo e eu caminhamos até o homem com uma câmera na mão, com um sorriso simpático e olhos respeitosos. Eu o reconheci na hora, era o homem que encontramos no shopping, o JP. Ele pediu uma foto e Ricardo nos levou até ele, colocando a mão na minha cintura e sorrindo para a câmera. Eu o imitei, tentando apenas seguir seus passos.

   — Poderia me explicar a relação de vocês, Sr. Bianchini? — perguntou JP. Ele estava usando uma jaqueta verde-limão, com uma camisa cinza e calça jeans.

   — Este é Danilo Silva, meu noivo e futuro marido. — disse Ricardo, me olhando com muita ternura.

   — Noivo? — perguntou uma paparazzi.

   — Desde quando vocês são noivos?

   — Danilo, como é estar com um dos homens mais bonitos e ricos do mundo?

   — Vamos, meu amor, nossa mesa está esperando. — disse Ricardo, me puxando para segui-lo.

    Dei um tchauzinho para os paparazzi e um sorriso simpático antes de finalmente entrar no estabelecimento. O lugar estava totalmente vazio, com apenas uma mulher loira vestindo um terno, um homem com roupa de cozinheiro e alguns garçons nos esperando. A mulher de terno parecia ser a dona do restaurante; ela tinha um ar sofisticado e um sorriso simpático no rosto. Ela se aproximou de nós e abriu os braços.

Meu Mafioso (Romance Gay) EM REVISÃO... DE NOVOOnde histórias criam vida. Descubra agora