Mundo de Lucy

Introdução

Família, uma arma mais mortal que lanças, chamas, foices, também mais prisioneira que cárceres, ela pode te manter amarrada sem estar envolvida entre cordas, uma punição pior que uma sentença. Sobrenomes diferentes classificam grupos diversos de árvores genealógicas distintas, ideias e valores alterados, mas a crença em sua própria opinião não muda, todavia, não altera em familiares de outros mundos. Seres de outros mundos como demônios, anjos, vampiros, lobisomens, feiticeiras, as espécies variadas que vivem nas sombras, todos eles também tem seus problemas familiares, preconceitos, inclusive na minha, porque a família do rei do inferno não poderia ser perfeita.
Meu nome é Lucy, sou filha do rei e a rainha do inferno, Lúcifer e Lilith, como todo ciclo genealógico, temos problemas. Meu pai como a imagem em livros da espécie humana criou, é cruel, moldou e criou seu exército de succubus e incubus, seus demônios do sexo para serem seus fiéis, eles os seguem fielmente na crença que um dia serão vistos como filhos. Minha mãe é diferente, ela tem sentimentos ao contrário do meu pai, em seu coração todos os demônios são seus filhos, oposto do rei do inferno que acredita que filhos são aqueles demônios que ele "criou" do ato sexual com a rainha, eu e meu irmão mais velho, Lucas. Mas, qual é o nosso problema familiar? Minha mãe morreu quando nasci, todas as lembranças que "conheço" sobre ela são frutos das histórias que meu irmão me contou, meu pai escolheu - me como a sua futura herdeira, a próxima governanta do inferno sem sentimentos como ele. Durante quatro anos de minha vida, vivemos no inferno, meu pai ensinou - me alimentar apenas de carne humana, me causando anseios e ocasionando em vômitos quando tento alterar o cardápio. Todos as noites, aprisionada em uma jaula como animal feroz, observada por demônios do sexos com suas livres imaginações eróticas, escrevendo suas histórias com roteiros nojentos em suas mentes maliciosas. Não existiu um dia entre os quatro primeiros anos que não desejei fugir do Inferno, os gritos da almas torturadas são como canções de ninar entre os meus soluços, até despertar o meu irmão. Uma noite, Lucas adentrou o nosso pequeno quarto e pegou - me em seu colo, antes que meu pai se aproximasse, meu irmão nos tele transportou para o nosso novo mundo, a Terra humana. Nos anos seguintes, meu irmão criou - me sozinho, a cada passo no novo mundo, incendiei acidentalmente, Lucas intermediando e amenizando estragos, entretanto, não poderíamos reconstruir um vilarejo e ressuscitar seres. A cada dia, por maior a distância que estivéssemos, meu laço sanguíneo me torna como ele, Lúcifer. Quando pequena, meu irmão classificava os meus medos como traços amaldiçoados, como se eu fosse uma personagem de uma história triste amaldiçoado e condenada a sofrer até encontrar meu final feliz, seria meu pai minha maldição?