SARDAS

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Deixo desandar...

Como lampejos de pensamentos...

Plumas soltas pelo ar....

Teus sussurros quase que completamente

Mudos

São que me fazem despertar


Já não sei resistir ou negar

Sigo essa dança

Como um navio levado pelo balanço das ondas do mar

Você é a tempestade

A maré cheia

O furacão...

A doce voz que me faz naufragar


Todos os delitos estão em ti contidos

Os verdes olhos ...

Esse frágil inimigo que não consigo derrotar


Mas permaneço aqui ...

Sobre as tuas garras

Coberto por teu manto

Febril e delirante

Fiel cúmplice dos carinhos teus


Meus olhos admiram a pele que minhas mãos não esquecem

Como se também quisessem...

Sentir teu calor


As sardas que cobrem tuas costas nuas

São mais que meras marcas

São, cada uma, um apaixonado teu

Que não se satisfez com teu adeus

E passou a pertencer a ti.

Cartas que esqueci de entregar para vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora