O OPOSTO DO AVESSO

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(2013)


Volto a você meu velho amigo

A quem nunca deveria ter deixado

Meu confidente mais antigo

Para dizer que o tempo passou

E nada mudou

Eu sou como as folhas mortas

Que podadas verdes,

Ainda viçosas...

Se enganam ao achar que ainda estão vivas

Sou como eterna promessa de glórias nunca alcançadas

Sou uma piada

Um jogo de azar

Uma dupla sem par

O defeito perfeito

Você me vê mas não pode me enxergar

A mulher e o homem

O oposto e seu avesso

Sou tanta coisa

Que nada posso ser

Além de ser só

Corre o vento

Corre pela noite

Corre pelo mar

Corre meu lamento

Em lágrimas que jamais vão secar

Ela é mais uma a partir

Mais uma que não pode me amar

Outro rosto a sorrir

Para fazer chorar

Cartas que esqueci de entregar para vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora