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Poesía

Um amontoado de versos novos e antigos que, como cartas não entregues, nunca chegaram a ser lidas pelo destinatário que deveria as receber.

ESPINHOS

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de ottolado

de ottolado

(2013)

Eu não sei atravessar esse muro

E mesmo que minha vontade queira

A sua força a faz ceder

E quanto mais distante estou do chão

Mais alto parece ser o caminho a percorrer

Quanto mais subo

Mais grave parece o tombo

Não há atalhos nem meias idas

Só mato rasteiro e ervas daninhas

Heras que ao mesmo passo em que me ajudam a subir

Também fazem por me prender

Estou exposto ao frio das incertezas

E você é a promessa de primavera

A flor que espero ver florescer sobre meus galhos secos

querida eu não sei ser forte sozinho

Eu não tenho mais forças para lutar

Guardo em mim, ainda,

Todos os espinhos

Já que talvez eu não sobreviva

se os arrancar