CORRENTES

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(2013)


Na outra página ainda estamos rascunhos

Das palavras que eu planejei te dizer

Mas eu já não sei se faz sentido

Ou se você as quer receber

Me desculpe mas eu não posso ficar

Eu não posso esperar

Eu aprendi que no amor toda a esperança é má

De que me vale o amor?

Se o teu calor não me aplaca o frio

E as suas palavras?

Se teus braços não me alcançam

De que vale o teu manto

Se o que me briga é o véu da noite

Sou poeta de amores mortos e de uma solidão cruel

E o teu amor jamais quis me alcançar

Quer me ter onde possa ver

Mas não onde queira tocar

Eu já me despedi dessas correntes a tempos atrás.

Cartas que esqueci de entregar para vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora