(2023)
Me desculpe pelo meu apego pelo passado.
Olho pra trás com imensa saudade
E a tristeza de quem sofreu a pena que não fez por merecer
Desculpe-me se eu e Deus estamos brigados
Ele, em seu silêncio,
Ignorou todas as perguntas que eu cansei de fazer
Não há ninguém para amar
Nem um livro que mereça ser lido
Não há pão que saísse está fome
Nem abrigo em que possa me proteger
Não há descanso em nenhum sono
Nem esperança em nenhum sonho
A realidade é o chão
E a dureza do impacto
É a ardência que vem antes da dor do corte
E é com ela que temos que nos acostumar a viver
Não se engane!
Daqui pra frente a pouco ou nenhum prazer.
Meu grande amigo
Meu ilustre desconhecido
Nós perdemos entre os anos vividos
Nas armadilhas que não conseguimos ver
Não somos mais os mesmos
Somos nós sendo outros
Somos outro sendo nós mesmos
Diferentes do que fomos
Mas ainda os mesmos
Quase iguais a seis verões atrás
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Cartas que esqueci de entregar para você
PoezjaUm amontoado de versos novos e antigos que, como cartas não entregues, nunca chegaram a ser lidas pelo destinatário que deveria as receber.