Você me disse que eu deveria ir...
Então eu fui.
Joguei todos os meus planos fora e ignorei as probabilidades
Eu apostei no sete
Mesmo sabendo que o dado só tem seis lados
O que me importa agora não é ganhar
Não é perder
E sim...
Tão pura e simplesmente...
Ser
Eu estava ao seu lado e você nunca pode me ver
Porque eu a quis assim
Eu retirei os panos e as alegorias caricatas
Os personagens com seus textos e farsas
Só deixei o meu humor
E minhas ridículas frases impensadas
Pra você saber que ainda sou
Eu.
Estou nu como jamais estive desde nascer
Sou só eu.
Pelo, carne e temores...
Me despi da manta,
Pus o elmo sobre a lança
Retirei a armadura brilhante do herói
Estou entregue e vulnerável como nunca me deixei ser
Como um "suicida"
Que no alto de sua queda
Se conforma com o destino que o espera
E passa a amar, o que o apavora,
O chão.
Minha senhora não há mais ilusão
Só a única verdade incontestável que conheço:
De que o tamanho do amor é proporcional...
Cruelmente,
A medida exata... Da dor que se tem.
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Cartas que esqueci de entregar para você
PoezjaUm amontoado de versos novos e antigos que, como cartas não entregues, nunca chegaram a ser lidas pelo destinatário que deveria as receber.