Posso?
"Não posso!"
Eu pego, abro, mordo
E não como.
Mastigo... como uma vaca
Rumino...
Mas acabou cuspindo tudo outra vez.
Minha boca saliva de uma sede lasciva
Pela água de um copo ímpar...
"Será que te encontro?"
Fonte de todos os meus desejos!
Talvez "outro" tenha agora... a sorte dos teus beijos
Mas nesse azar eu me nego a pensar.
"Como um banquete Francês servido a selvagens"
Você tem esse "hábito"
De se dedicar a quem não a sabe apreciar
E talvez um dia eu me canse de toda essa cordialidade
...Dos meus bons modos
E de todo o "resto"....
"Talvez a solução seja te sequestrar?"
Sigo pequenos lampejos...
Meus pensamentos vão onde não quero estar
Mesmo que seja, a madeira, força imposta
Divisora de elos
Não é uma porta o que me impede
(...Mesmo que eu tivesse dinamite)
"Outros detalhes" me impedem de arrombar
Estou farto de joguetes,
Parcimônias e cerimônia
"Voltas desnecessárias no caminho de quem nunca soube esperar"
Você me diz "sim"
Mesmo quando me diz "não"
Talvez seja verdade...
Ou apenas... a mente manipulando as ideias
Para que os ouvidos tenham a "única" resposta que querem escutar
Você acha graça e brinca comigo
Talvez seja por gosto
Talvez pense não haver perigo
Mas quando muito se procura
A surpresa vem nos encontrar
"Os loucos não se arrependem nem pensam
Porque pouco podem fazer
Apenas seguem as vontades que não podem deter"
"Visto a carapuça" e ela me serve tão bem
Como a culpa do orgulho que se tem.
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Cartas que esqueci de entregar para você
PoesiaUm amontoado de versos novos e antigos que, como cartas não entregues, nunca chegaram a ser lidas pelo destinatário que deveria as receber.