Capítulo 11

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Simone ficou surpresa demais para esboçar sequer uma palavra. Sua única reação foi um suspiro, lento e contido, que para Soraya, era a permissão para que avançasse. As taças imediatamente foram esquecidas, a morena moveu-se milimetricamente, de forma que pudesse segurar nas bordas do granito do balcão. Deixou que a outra beijasse seu pescoço, intercalando com beijos na boca e as mãos que desciam e subiam pela extensão de seu corpo, entre sôfregos apertos, ainda por cima do vestido, em suas coxas e seios, que faziam com que a morena se empinasse, encontrando o corpo quente de Soraya, que se esfregava devagarinho na intenção de demonstrar o quanto estava interessada em aprender.

As carícias duraram tempo suficiente para que Simone tivesse certeza que Soraya não ia dar para trás e sair correndo, ou dizendo que aquilo não poderia acontecer. Ela estava entregue, muito mais do que na primeira noite que passaram juntos. Sem sobreavisos, pegou a mão da loira e colocou sobre a fina calcinha que usava. Nunca agradeceu tanto por, casualmente, ter escolhido a roupa e a lingerie certa. Sentiu pela primeira vez, que ela travaria, mas a encorajou.

— Desce — A encorajou

E assim, a loira o fez. Desceu a calcinha até o meio das pernas da outra com avidez. Deixando para que a morena terminasse de descer o tecido com os pés.

— Vem, vou te ensinar em uma posição mais gostosa.

Caminharam até a sala de televisão, que ficava em um cômodo ao lado da principal, em que estavam.

— Agora você senta aí, um pouco mais para trás — Ordenou, caprichosa, enquanto se livrava do vestido.

Nua, sentou-se na frente de Soraya, a puxando para mais perto. Ajeitou-se de forma confortável, debruçando no corpo da mais nova. Foi só então que abriu as pernas. A imagem refletia-se na televisão desligada à frente das duas, a boceta molhada da morena, implorando para que a outra mulher a tocasse.

— Viu? Te dei uma visão que só uma excelente professora poderia te proporcionar.

A loira não pensou duas vezes, deixou seus dedos passearem por toda a intimidade molhada da outra. Subindo, descendo, se lambuzando.

— Está preparada para a aula?

— Sim — A voz da mais nova quase não saiu.

— Então deixa eu guiar a sua mão — Com a mão sobre a mão de Soraya, Simone começou a massagear o próprio clitóris.

— Devagar, assim, use os dois dedos.

Como uma aluna aplicada, aos poucos, a morena pode tirar a própria mão e deixar que a outra continuasse, até pegar o ritmo próprio.

Vendo o reflexo na televisão, sentia-se mais excitada ainda. Mexia o quadril contra o corpo da outra em busca de mais contato, segurando os gemidos. Afinal, seus maridos ainda estavam no andar superior.

A loira aumentou o ritmo e Simone aproveitou para introduzir dois de seus próprios dedos dentro de si, o que resultou em um tapa em sua mão e um cochichar em seu ouvido:

— Deixa que eu faço isso.

Obedeceu sem reclamar. E em segundos, os dedos de Soraya foram engolidos pelo seu ventre. Aproveitou para rebolar, deixando que todos os pensamentos se exaurissem de sua mente. Aproveitando cada segundo do que estava acontecendo ali. Como na tatuagem que levava em seu corpo "a vida é de quem se atreve a viver". E aquele momento, era a prova de que Soraya se atrevera a viver os prazeres da vida ao seu lado. Sentiu a explosão se aproximar quando sentiu uma das mãos da mais nova brincar com o seu seio. Fechou os olhos e deixou-se despejar.

As coisas que perdemos nas sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora