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002: 𝓞 que vem
depois de
tanta insistência?

       NO DIA EM QUE CONHECI HUH YUNJIN, eu soube que dali surgiria uma amizade forte e duradoura

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NO DIA EM QUE CONHECI HUH YUNJIN, eu soube que dali surgiria uma amizade forte e duradoura. Pobre criança burra, eu não sabia de nada. Ela era tão diferente, não falo nem sobre sua aparência. A coreana-americana em sua versão criança era medrosa e cismada com tudo, não se metia em confusão, odiava encrenca. A Jennifer de dez anos que ainda não falava direito o nosso idioma e não me metia em situações em que tudo o que eu mais desejo é tirar a minha própria vida era a minha melhor amiga. Quanto à sua atual versão, estou repensando isto.

Como se não me bastasse tantos problemas, tanta coisa perturbando a minha cabeça, agora ganho mais um encosto. Fala sério! De todos os garotos do colégio, por que justo Lee Minho?

Eu não acredito que fizemos tanta confusão. Era para ser algo tão simples, tão bobo, mas agora a única boba aqui sou eu, envolvida no pior cenário possível. Talvez eu tenha feito algo horrível na minha vida passada, isso só pode ser o meu karma voltando. É difícil compreender o que o universo quer me dizer. Talvez não seja nada, ele pode apenas gostar de me fazer de palhaça.

Quando chego em casa, antes mesmo de tomar banho e me trocar, vou para a cozinha preparar o jantar. A casa está silenciosa, mamãe ainda deve estar trabalhando, mas pelo horário Hongjoo já deve estar no quarto, aprontando sabe-se lá o quê. Mas que seja, é uma perturbação a menos para mim. Consigo preparar tudo tranquila, uso o restante do frango desfiado na geladeira e preparo panquecas zero lactose, deixo uma parte com apenas molho e outra com adicional queijo gratinando e esquentando no forno elétrico, ajusto o tempo e posso ir tomar o meu banho tranquila.

Aproveito para lavar os meus cabelos, porque não quero ter o trabalho amanhã cedinho. A espuma do shampoo me distrai, sinto-me criança outra vez, a época em que eu não tinha tantas preocupações. Estava tudo divertido, até a espuma cair nos meus olhos e eles arderem, melhorando ainda mais o meu glorioso dia. Lavo os olhos e me apresso a condicionar os fios e enxaguar, finalizo o meu banho antes que alguma coisa a mais dê errado.

O silencio na casa inteira me apavora, penso no que me espera quando entrar no quarto, o que a peste está aprontando contra mim. Abro a porta bem devagar, assim consigo tempo para trancar, caso necessário. O que me surpreende aqui é que não tem nada, nada além de Hongjoo dormindo na sua cama. Deixo o monstro quieto, visto uma roupa e não seco o meu cabelo, deixo ele fazer isso naturalmente. Desço para a cozinha e me sirvo de duas panquecas.

Mastigo no silencio, uso o tempo para ler um artigo a ser estudado para as aulas de história, é quando a minha mãe chega em casa, acompanhada de uma notificação de um número desconhecido que não tem a minha atenção.

- Boa-noite, minha raposinha. - minha mãe me cumprimenta com um beijo no topo da minha cabeça, me chamando pelo apelido de infância. Ela e o meu pai me chamavam assim desde que eu era bebê, tudo graças aos olhos de raposa que herdei dele.

𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 '𝐋𝐈𝐊𝐄'; 𝗹𝗲𝗲 𝗸𝗻𝗼𝘄Onde histórias criam vida. Descubra agora