E afundar na doce loucura (Ryomen Sukuna)

Capítulo 8 - Chamas e morcego

É preciso admitir, o local presta-se perfeitamente ao exercício do dia... Não muito longe de um dos maiores e mais antigos cemitérios de Tóquio, o Yanaka Bochi, com vários milhares de túmulos, era indiscutível que o edifício abandonado em diante da qual estavam os exorcistas exalava energia de maldição ... Era uma antiga clínica abandonada, perdida nas profundezas de um bairro de pequeno comércio local. A cortina protetora havia sido erguida alguns dias antes para evitar que os não-xamãs se aproximassem muito, mas as ondas nocivas ainda podiam ser sentidas, tornando o ar um pouco pesado.

“Por que nunca podemos fazer missões em lugares descolados ou badalados? Olá, ansiedade...” Nobara resmungou de mau humor enquanto reajustava a bolsa contendo o equipamento de exorcismo na cintura.

"Vamos, vamos, Nobara!" Gojo começou, cambaleando despreocupadamente de um pé para o outro. "Não reclame, lutar cercado de civis é uma verdadeira dor, eu garanto! Aqui pelo menos você pode causar todo o dano que quiser, não importa... E então... É melhor se isolar um pouco, para uma avaliação..."

"Eca!" — deixou escapar o estudante do ensino médio com desdém. “Para isso também, olá ansiedade…”

Ela realmente não era fã de toda essa agitação em torno do híbrido que eles conheceram há alguns dias... Eles não sabiam praticamente nada sobre ela, além do fato de que ela havia procurado conscientemente se aproximar de Yuji, sendo este último ' apenas' o receptáculo do rei das pragas. Só isso já fazia dela uma pessoa muito desconfiada aos seus olhos. Mas seu professor e seus dois colegas pareciam querer dar-lhe o benefício da dúvida. Como se uma maldição pudesse ser confiável! Ou até meia praga neste caso...

Para Itadori, o motivo era bastante óbvio... Esse idiota parecia hipnotizado por essa europeia, exasperando profundamente o estudante exorcista. Ele continuou mostrando sorrisos bobos enquanto escaneava seu telefone toda vez que recebia uma nova mensagem dela, seu fascínio por ela escrito em letras brilhantes em sua testa. Para Megumi... O moreno, como sempre, se isolou em seu eterno distanciamento cansado e observador, preferindo, com certeza, esperar para ver o que iria acontecer. Mas, por outro lado, em relação ao Gojo... ela realmente não entendia.

Seu professor superpoderoso era do tipo que fazia apostas arriscadas... Basta olhar para aquela que ele fez ao apostar em Yuji e em sua improvável capacidade de controlar Sukuna dentro dele. Mas em relação ao rei das pragas, havia uma questão final clara e precisa: a sua aniquilação pura e definitiva para proteger a humanidade da sua loucura sanguinária. No entanto, comparado ao seu novo conhecido com olhos dourados... Nobara absolutamente não via o que ela poderia trazer para eles...

Gente, sério... Principalmente aqueles que ela conheceu na escola de exorcismo... Todos tinham um grão!

“Olala, desculpe, estou um pouco atrasado!” A voz de Kali foi cortada pelas entonações estranhas de Kali, interrompendo seus pensamentos de forma desagradável.

A poucos metros de distância, o híbrido caminhava em direção ao pequeno grupo com passos animados, dando-lhes sinais manuais amigáveis. Ela havia amarrado seus longos cabelos ruivos em um rabo de cavalo alto que cobria seu rosto, balançando pelas costas a cada passo que dava. Ela usava uma roupa escura composta por um top justo e decotado e leggings, ambos pretos. Até os tênis de cunha eram quase inteiramente da mesma cor. Apenas sua jaqueta muito grande com capuz e padrão camuflado, chegando quase ao meio da coxa, se destacava em seu conjunto monocromático. Nobara estremeceu interiormente, cruzando os braços sob o peito. Ela achava que eles iriam roubar um banco ou algo assim?

“Em minha defesa”, ela continuou, sorrindo. “Este endereço não é fácil de encontrar!”

“Ahah, normal, com todos os seus selos.” Gojo comentou enquanto se inclinava em sua direção, deixando-a um pouco tensa. “Deve distorcer um pouco a sua visão quando a cortina está levantada, certo?”