E afundar na doce loucura (Ryomen Sukuna)

Capítulo 18 - Jantar e proposta

A noite finalmente havia caído neste dia cheio de reviravoltas e emoções... Gojo havia decidido jantar com seus dois protegidos na cozinha do abrigo, saboreando em torno da mesa rudimentar muito mais sua adorável companhia do que o ramen instantâneo que compartilhavam juntos.

Ao longo da refeição simplista, mas revigorante, Yuji continuou a cobrir com um olhar um pouco preocupado, mas acima de tudo protetor, a jovem híbrida, um pouco sonolenta por cima da massa reidratada, lutando desajeitadamente com os pauzinhos. Esta última estava, sem dúvida, sofrendo as consequências de seu perigoso período de jejum seguido pela assimilação de um orbe tão inesperado quanto poderoso, perturbando seu frágil corpo mais do que o razoável. Sem dúvida, ele levaria um período de tempo indefinido para superar tudo isso...

“Eu acho...” ela finalmente disse, enfiando o nariz cada vez mais em direção à tigela meio vazia, seus olhos felinos de dois tons fechando-se apesar de si mesma. "Acho que preciso dormir... Obrigado pela refeição. Você se importa se eu for dormir?"

“Claro que não, senpai!” o estudante do ensino médio respondeu imediatamente, saltando, cavalheiresco. "Você precisa de ajuda? Quer que eu leve você para sua cama?"

O dono do sexto olho não pôde deixar de soltar uma leve risada, não perdendo nem um pouco do espetáculo oferecido pelos dois gatinhos que ele havia colocado sob sua asa, atraindo um olhar levemente irritado do adolescente.

"Obrigada, Yuji..." Kali continuou, levantando-se, ligeiramente instável nas pernas, dando-lhes um sorriso fraco. "Mas vai ficar tudo bem. Não é longe, de qualquer maneira. Desejo a vocês dois uma boa noite. Até amanhã..."

Depois de pegar os restos da refeição para retirá-los da mesa, a jovem saiu com passos levemente ziguezagueantes, como se estivesse bêbada de exaustão. Ela primeiro caminhou pelo corredor que levava aos quartos antes de refazer seus passos, lembrando visivelmente que ainda não havia se livrado do lixo. Como se estivesse atordoada, ela os jogou no lixo antes de continuar seu caminho sob o olhar divertido do professor e de Itadori, muito mais preocupado.

"Gojo-sensei..." o último começou, sentando-se pesadamente em sua cadeira. "Ela vai ficar bem? Não seria mais sensato se ela não dormisse sozinha enquanto nos certificamos de que ela está bem?"

"Oh ?" o homem de cabelos loiros respondeu prontamente, um sorriso divertido se estendendo por seus lábios enquanto lançava ao interlocutor um olhar levemente travesso. "O que você está propondo, Yuji? Que vocês dois durmam juntos até... novo aviso?"

Instantaneamente o rosto do receptáculo demoníaco queimou quando ele rapidamente abaixou a cabeça, ansioso para escapar dos olhos incrivelmente azuis de seu interlocutor mais perspicaz. Ele respondeu num sussurro gago que divertiu profundamente o adulto.

"Eu... uh... Não... Bem... não é como... só por segurança... foi só uma ideia..."

"Se isso te preocupa tanto, você deveria oferecer isso a ele..." Satoru interrompeu sua tagarelice, raspando o fundo de sua panela vazia de macarrão instantâneo com seus pauzinhos, falsamente destacado. "Tenho certeza que ela não se importaria."

O fogo que carmesim o rosto terno e inocente do futuro xamã intensificou-se ainda mais quando ele deslizou o olhar castanho para o corredor escuro que conduzia às salas do santuário deserto, nomeadamente ao do Europeu. Ele engoliu em seco antes de proferir um discurso fraco como uma metralhadora, defendendo-se contra certas idéias impuras que surgiam em sua mente, onde dois corpos nus estavam ternamente aninhados sob os lençóis de uma mesma cama...

"mas-não-ela-precisa-descansar-eu-quero-perturbá-la-eu-só-estava-dizendo-assim-porque-estou-preocupada-e-ela-parece -exausto-mas-não-dormir-com-uma-garota-não-acabou-você-tem-que-namorar-para-isso-e-eu-eu-não-sou-o-namorado-dela-bem-não -isso-se-importaria-mas...”