E afundar na doce loucura (Ryomen Sukuna)

Capítulo 23 - Cinzas e surpresas

Mas o que mais aconteceu na noite passada?

Ainda com muito sono, Yuji sentou-se entre os lençóis da cama, perdido, preso na garganta por um violento odor nauseabundo que, no entanto, lhe dizia algo vagamente. O jovem bocejou largamente, esticando os braços musculosos acima da cabeça, tentando colocar os pensamentos em ordem... Para ser sincero, ele nem sabia mais que dia era... Teve a impressão de ter dormido durante séculos. ...

O adolescente fechou os olhos novamente e foi bagunçar os cabelos quando de repente parou o movimento, atordoado. O cheiro horrível que flutuava ao seu redor parecia vir mais... dele mesmo, a mão que ele levou ao rosto estava completamente encharcada. Mas o que foi essa história mesmo...?

Com grande suspeita, Itadori chegou a cheirar a pele de seu antebraço antes de afastá-lo rapidamente do nariz, mostrando a língua horrorizado. Cheirava... Peixe velho, não fresco... Outra dose de Sukuna, ele tinha certeza disso. Esse velho pervertido deve ter tomado posse de seu corpo novamente durante seu descanso para ir e fazer só Deus sabe o que...

De repente, uma corrente elétrica percorreu o corpo poderoso do adolescente, deixando-o tenso instantaneamente quando o rosto doce de Kali voltou para ele, torcendo suas entranhas com uma angústia avassaladora. O demônio tinha ido vê-la novamente? E se sim, ele lhe fez algum mal?

Com essa ideia aterrorizante, Yuji de repente pulou da cama, sem nem perceber que estava sem camisa, e saiu correndo do quarto para garantir a segurança do híbrido.

"Sempai! Kali-senpai, onde você está?", gritou ele no corredor escuro, dirigindo-se primeiro ao quarto que o europeu ocupava há vários dias.

Yuji bateu na porta, o coração disparado diante do silêncio pesado que o respondia, o gelo enchendo suas veias. Se o outro tivesse tocado apenas um de seus cabelos, ele o faria pagar, custasse o que custasse... O estudante do ensino médio hesitou por um momento, consumido pela ansiedade, antes de abrir um pouco a porta, descobrindo uma sala completamente vazia. ... Ela não estava lá...

Talvez ela já estivesse acordada e tivesse ido à cozinha comer alguma coisa... Sim, certamente era isso... Tentando em vão argumentar consigo mesma para aliviar a tensão que a esmagava implacavelmente, a futura xamã caminhou pelos corredores terrivelmente silenciosos. do santuário, passando pela sala deserta, indo direto para seu objetivo. Uma pequena explosão de alívio surgiu dentro dele ao ver a luz, fazendo-o começar a correr sem nem perceber.

“Kali-senpai! Você está aí?” ele perguntou com um sorriso, certo de que iria ficar cara a cara com o olhar felino do híbrido, varrendo todos os seus medos com um piscar de olhos.

Ele entrou na sala com entusiasmo, absorvendo o espaço à sua frente com seus olhos castanhos. A visão que ele então descobriu o congelou completamente, literalmente congelando-o no local, fazendo seu sorriso desaparecer de seu rosto. O que... O que aconteceu aqui?

No centro da cozinha, onde ontem havia uma grande e resistente mesa de madeira, agora não restava nada além de cinzas e alguns restos carbonizados e de carvão caídos no chão... O teto também parecia ter sofrido, rastros escuros se estendendo em todas as direções, a partir dos restos queimados da antiga luz do teto, fazendo Yuji engolir em seco. Houve... um incêndio? O que diabos aconteceu enquanto ele estava dormindo?

"Sukuna..." o adolescente sussurrou com a voz branca, cerrando os punhos "Que porra você fez... Se você causou o menor dano a Sempai, você vai me pagar por isso.. ."

A pessoa em questão observava a cena de seu espaço interior, um pouco surpreso ao ver o estado do local onde havia abandonado o híbrido algumas horas antes, com o queixo apoiado despreocupadamente nas costas da mão. Ele entendia melhor agora a onda de energia oculta que sentiu logo após sua explosão, arrancando-lhe um sorriso divertido. Ela tinha um temperamento fogoso, a pequena...