E afundar na doce loucura (Ryomen Sukuna)

Capítulo 33 - Choro e Cão de guarda

Ela não conseguia dormir...

Ela poderia virar para a direita ou para a esquerda, colocar-se de bruços, de costas, enrolar-se em posição lateral de segurança, rolar sobre um travesseiro, colocar a cabeça para o norte ou para o sul, levantar as pernas, cobrindo-se , descobrindo-se, ficando nu, ameaçando mentalmente o sandman para encontrá-lo e matar toda a sua família na frente de seus olhos se ele não lhe desse um pouco de sono, nada funcionou.

Ela ia ter muita insônia, isso era certo...

Kali soltou um suspiro profundo, jogando os lençóis com raiva para o fundo da cama enquanto se sentava no colchão, seus longos cabelos ruivos completamente emaranhados acima da cabeça. Ela moveu Kyu, que dormia pacificamente em uma almofada, para um canto, para não perturbá-lo acidentalmente em suas vãs tentativas de encontrar uma posição perfeita para atrair o sono.

Mas, ela teve que encarar os fatos, todas as suas tentativas foram em vão... Sua mente funcionava a todo vapor, não a deixando em paz nem por um momento.

Há poucos minutos ela estava na sala...
Nua.
Dormindo.
Indefeso.
Diante de um Sukuna também no aparelho mais simples e visivelmente em sua melhor forma...

Poderia. Tain.

A jovem colocou as mãos no rosto, deixando-se cair na cama e rolar de um lado para o outro, o fogo incendiando suas veias e bochechas.

Mas por que ele fez isso?
Por que você a despiu?
Por que ele se despiu?
E acima de tudo, por que, afinal, não ter feito nada com ele?

Com esse simples pensamento, Kali deu um pulo, chocada.

NÃO... Não que ela quisesse que ele fizesse alguma coisa com ela, é claro!

Ela estava dormindo, embora ele pudesse dizer que ela havia... provocado ele, ela estava dormindo simples e inocentemente!

Quem iria querer ser... possuído... enquanto dorme... por um cara como ele... Sinceramente!

E de qualquer maneira... O que o sexo poderia fazer com ele...

Ele parecia ainda ver seu corpo escultural, nu e tatuado, a luz azul projetada pela TV destacando as curvas de seus músculos, seu sorriso ao mesmo tempo sedutor e exasperante, seu olhar penetrante que arpoava seu coração e sua alma. voz carinhosa em seu ouvido, fazendo com que seus antebraços se levantassem, sentindo sua aura pesada, quase tangível, contra sua pele...

Kali engoliu em seco, roçando as pontas dos dedos na coxa contra a qual o rei das maldições havia pressionado a sua, de forma brincalhona e impossível, incitando-o a verificar se estava realmente completamente nu...

Ele devia ser... inegavelmente talentoso nessa área...
Ele poderia ter feito tantas coisas com ela, ali, naquele sofá vermelho...

De repente, Kali sentiu um inferno queimando suas maçãs do rosto, assustada com suas próprias ideias malucas. Ela deu um tapa violento no rosto com as mãos antes de balançar a cabeça com força, como se esperasse afastá-los daquele jeito.

Teria sido estupro.
Nem mais. Não menos.
Ele a teria levado sem sombra de consentimento informado, enquanto ela era incapaz de dar um, quando o que é mais... O QUE MAIS! Ele sabia muito bem que ela era virgem. E isso sem dúvida piorou a situação dele, para o pervertido milenar! Só porque, em sua mente distorcida, ele decidiu que ela lhe pertencia, não significava que ele poderia escapar impune de tal comportamento!

Ela cruzou os braços sob o peito, exalando profundamente.

O canalha ancestral... Ele fazia sua cabeça girar, com sua energia assustadoramente agradável e viciante e seu discurso mulherengo carente!
Ela nunca o teria perdoado se ele tivesse feito alguma coisa, esse foi o único pensamento sensato que ela deve ter tido no momento...