E afundar na doce loucura (Ryomen Sukuna)

Capítulo 27 - Morte e Ordem

"Desculpa, menina crescida... Mas não é o meu dia. Estou com humor de cachorro e você vai me usar como saco de pancadas, prefiro ser sincero. Nada pessoal..."

Kali caminhou de cueca pelos corredores dilapidados de uma clínica abandonada, com os lacres removidos, jogando casualmente o braço disforme que acabara de arrancar de seu alvo.

Entre a pesquisa que ela fez para encontrar esse lugar, o horrível transporte público que ela teve que pegar por quase duas horas para chegar lá e o incômodo indescritível que ela teve para finalmente chegar ao estabelecimento abandonado, eu tive que admitir que o nível de irritação dele estava alcançando novos patamares.

Chegando tão cedo, ela correu para dentro, jogando fora o vestido e o telefone em um canto, procurando por qualquer criatura oculta para abater, removendo suas restrições assim que avistou uma energia significativa. Ela rapidamente se deparou com uma coisa infame rastejando no chão, como se misturasse uma dúzia de corpos humanos entrelaçados, seu sangue apenas fazendo um circuito em suas veias. Parecia-lhe ser o nível 1, não o mais poderoso, mas bastante decente... Foi perfeito...

Ela caiu sobre ele sem esperar um segundo, seu tempo se esgotando, liberando suas chamas ao longo de seus braços nus. O demônio inicialmente se deixou surpreender antes de correr como uma fera furiosa, conseguindo mandar Kali alguns metros para trás antes de decolar a toda velocidade, fazendo sua raiva aumentar ainda mais. Apenas um braço carbonizado permaneceu em sua mão, desperdício do qual ela se livrou sem demora.

A caçada começou... E deveria durar apenas alguns minutos.

"Vamos, feio... Venha lutar pelo menos! Você não vai escapar de mim..."

A híbrida então mordeu o polegar para fazer o sangue fluir, traçando rapidamente um pentagrama na palma da outra mão, que ela pressionou contra a parede ao lado da qual caminhava. Imediatamente apareceu ali um círculo escuro de cerca de trinta centímetros, no qual ela mergulhou o braço antes de retirá-lo, armada com a única arma amaldiçoada que utilizou: uma haladi oferecida por Prasad.

A ferramenta da morte era tão longa quanto seu braço, formada por duas lâminas brilhantes, onduladas e afiadas, unidas no centro por um cabo de metal ocre martelado. O objeto estava carregado de energia oculta, cada um de seus golpes liberando rajadas afiadas que podiam atingir até dez metros do ponto original do impacto. Ela não tinha tempo a perder brincando de esconde-esconde, então se a sujeira se recusasse a aparecer rapidamente, ela simplesmente cortaria tudo no chão, inevitavelmente acabaria tocando...

“Já estou gostando mais, preciso te contar...”

Com essas palavras, ela liberou um pouco mais o fogo, que a envolveu quase inteiramente, chamas negras com reflexos roxos agarradas a seus cabelos flutuando em seu rastro. A fome e a raiva a cegaram completamente enquanto a jovem podia sentir seu pentagrama puxando-a horrivelmente pelas costas, faminta por um suprimento significativo de energia.

Ela iria mostrar a eles... Para Gojo, para Sukuna, para todos aqueles que pensavam que ela era fraca demais para se proteger e suprir suas próprias necessidades. Ela estava longe de ser tão inofensiva quanto eles queriam acreditar! E o flagelo que ela perseguia e que ela sentia não muito longe pagaria o preço...

"Transferir." ela sussurrou, abaixando o dedo anelar com o polegar e a mão esquerda levantada na frente dela, as chamas não naturais se aproximando abruptamente dela.

Ela então se rematerializou acima de seu alvo, guiada no espaço de transição por sua assinatura energética, um sorriso carnívoro distorcendo seu rosto doce, brandindo seu Haladi cujas lâminas captavam a luz deste final de tarde entrando pelas janelas com vidros quebrados.