✓ | 𝗔 𝗚𝗔𝗥𝗢𝗧𝗔 𝗕𝗥𝗔𝗦𝗜𝗟𝗘𝗜𝗥𝗔 ━ pablo gavi

57.

CAPÍTULO QUARENTA E SETE

PABLO GAVI

Estava mal com a minha lesão, não jogaria mais nessa temporada. Uma temporada que tinha tudo pra ser perfeita, acabou antes da hora. Ficarei afastado por 6 ou até mesmo 8 meses.

Maria se manteve ao meu lado a todo momento, não só ela, como minha família e amigos. Eles estão fazendo de tudo para eu não me sentir mal.

Embora as vezes não funcione, afinal, terei que ficar longe de uma das coisas que eu mais amo. Porém fico feliz que irei poder acompanhar todo o processo da gravidez da Maria.

— calma aí Pablo – Maria fala se levantando da cama e correndo até o banheiro –

Do quarto, escuto a tampa do vaso sendo aberta e Maria vomitando em seguida. Os enjoos dela haviam retornado a pouco menos de uma semana.

Maria retorna com uma careta de nojo no rosto, encaro a mesma e dou risada.

— ódio, raiva, depressão – ela murmura, fazendo eu rir ainda mais – o filho é seu também e tu não passa por nada nesse processo

— eu plantei a semente – falo e ela me encara –

— as vezes você é melhor de boca fechada – fala pondo a mão na minha boca – olha aí, como fica lindo de boca fechada – fala me dando um selinho, por cima da sua mão – tomara que meu filho não puxe você, porque se não, vamos ter outro Timão em casa

— gostei disso não – falo quando ela tira a mão da minha boca –

— ainda mais se essa criança puxar você – fala e aponta para mim – eu vou estar lascada

— ah para, nem vai ser tão ruim assim – falo e ela me encara –

— não vai ser ruim mesmo não, vai ser péssimo – fala e eu faço uma careta, negando com a cabeça –

— o jogo do Barcelona já vai começar – Aurora fala aparecendo na porta do meu quarto, com Timão em seu colo –

— Aurora é a única que consegue deixar Timão quieto – Maria fala levantando e me ajudando a levantar também –

Hoje tinha jogo do Barcelona contra o Rayo Vallecano, pela La Liga. Confesso que queria estar nesse jogo, porém, por um longo tempo, eu só poderei assistir as partidas.

Estava deitado no sofá, com Maria deitada ao meu lado. Timão havia saído dos braços de Aurora, para vim ficar no nosso meio. A garota olhava fixamente para a TV, enquanto com uma das mãos, fazia carinho no animalzinho a sua frente.

Os jogadores começam a entrar no campo e eu abro um largo sorriso, vendo que ambos estavam me homenageando. Maria levanta a cabeça e me encara, com um sorriso enorme no rosto. Ela me da um selinho e volta a se deitar. Meus pais, minha irmã e meu cunhado caminham até mim, me dando um rápido abraço.