Capítulo 29: Sofá

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Steve

Agarrei-o pelo ombro e o puxei para longe dela, fazendo Natasha voar contra o carro. Ele me olhou e ia gritar comigo, antes de eu acertar um soco bem dado em seu nariz. Ele cambaleou para trás, enquanto Natasha gritava. Rapidamente ele veio para cima de mim, mas segurei seus braços.

Uma multidão se formou ao nosso redor, dois seguranças vieram correndo do portão e seguraram a mim e Noah.

- Eu mato você! - berrei. - Se você encostar um dedo nela, eu acabo com você, seu filho da puta!

- Steve! - Natasha berrou.

- Prendam esse homem! - Noah gritou de volta, com o nariz sangrando. - Maluco!

- Eu vou te matar!

Arrastaram eu e aquele homem para a sala do diretor, como duas crianças, e Natasha veio atrás, me olhando apavorada.

- Meu Deus! - o diretor exclamou.

- Eu quero esse homem na rua agora! - berrou Noah.

- Mas que infernos aconteceu?

- Esse desgraçado estava machucando a Natasha!

- Mas que mentira! Esse homem é louco! Eu quero a polícia aqui agora!

- Chama a polícia! Chama! - mandei. - Você vai pra cadeia agora, seu verme imundo! Olha pra ela!

Apontei para Natasha. Todo mundo olhou. Seu lábio ainda estava machucado, assim como a cabeça.

- Chama a polícia - desafiei. - Vamos ver quem sai daqui algemado.

- Quem você acha que é? - Noah me olhou. - Eu acabo com a sua vida hoje mesmo, professorzinho.

- Ah, agora você quer alguém do seu tamanho? Seu covarde.

- Vamos chamar a polícia - propôs o diretor, me olhando completamente desaprovando aquela situação. - Então olhamos nas câmeras de segurança.

Todos olharam para Noah.

- Eu não quero ficar mais nenhum segundo perto desse homem! - berrou. - E quero ele demitido, ouviu? Ou eu coloco essa escola abaixo! Vamos, Natasha.

- Se você encostar um dedo nessa garota, eu coloco o país inteiro na sua porta amanhã de manhã - silabei.

- Controle esse animal! - mandou.

Ele saiu, e Natasha olhou para mim com lágrimas nos olhos, mas o seguiu.

- Puta que pariu, o que você está pensando? - disse o diretor.

- Olha as câmeras - pedi.

Aquele homem suspirou e começou a digitar. Demorou bons minutos para ele achar as filmagens, a raiva ainda borbulhava em mim. Eu estava tão nervoso, o peso do que tinha feito me atingia, ele faria alguma coisa com ela. Eu tremia.

Assistimos o vídeo, e o diretor suspirou.

- É - resmungou. - Isso ainda não resolve o problema. Esse homem é Deus nessa cidade, Rogers.

- Ele não é nenhum Deus. Ele é só um homem. Se precisa me demitir, diretor, eu entendo. Mas não podia deixar ele machucar essa menina.

- Vá pra casa, Rogers - disse. - Vamos rezar para ele não prestar queixa.

(...)

- Você perdeu o juízo?

Me virei, vendo Natasha marchando na minha direção após uma semana sem vir para o colégio, ou ir para o meu apartamento, nada. Depois daquilo, o padrasto a proibiu de vir ao colégio até eles me demitirem. Como não aconteceu, Natasha apenas se arrumou para ir ao colégio nessa manhã e o padrasto não disse nada.

History Teacher - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora