Capítulo 9: Outra opção

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Steve

Ajeitei o boné e os óculos escuros na cabeça e observei aquele homem saíndo de casa. Usava um terno branco, na tentativa de parecer um anjo, mas eu sabia que era o diabo encarnado. Despretensiosamente entrou no carro luxuoso, parado em frente a garagem de Natasha, e saiu.

Liguei meu carro, seguindo-o. Para minha surpresa, Noah Orloff estacionou em frente ao cemitério, e eu continuei na rua para não levantar suspeitas. Dei a volta e parei mais a frente, quando ele já tinha entrado, e o segui. Tinham várias pessoas no grmaado, vestidas de preto, e ele foi ovacionado quando entrou.

Me encostei em uma árvore distante e observei-o. Ele ficou ali por uma hora e não tirei os olhos dele. Depois, voltou a dirigir. Parou na casa de duas pessoas, que os receberam com crucifixos, talvez estivesse visitando doentes. Até ali, nada demais. Apenas a função de um pastor.

Então ele dirigiu até a igreja, onde encontrou um homem de terno o esperando na porta. Levantei minha câmera, fotografando-os de longe, e neguei com a cabeça.

Previsível.

Estava aqui há pouco tempo, mas sabia que aquele cara era dono do maior banco da cidade.

Não importava quanto tempo eu demorasse, eu iria colocar aquele cara na cadeia. Quanto a outra opção... Olhei para o banco do carona, onde jazia a minha glock preta, que não era usada há muitos anos.

(...)

- Por favor, não me faça apresentar.

Levantei os olhos para Natasha, sendo pego de surpresa. Ela estava de frente para mim, de óculos escuros, os cabelos soltos caíndo pelos ombros e a gravata frouxa ao redor do pescoço. Ela levantou os óculos escuros, e analisei seu rosto machucado.

- O que?

- Eu escrevi meu trabalho pra você.

Colocou o trabalho em cima da mesa. Tinha duas páginas.

- Por que não quer apresentar?

Ela engoliu em seco.

- Você vai saber.

E deu meia volta, indo para sua cadeira. Coloquei o papel dentro da minha pasta, pensando. Não faria ninguém apresentar contra sua vontade, claro que não. Imagino que Natasha tinha um bom motivo para isso. O resto dos alunos chegou, se sentando nas cadeiras enquanto conversavam alto. Natasha estava sozinha, sem falar com ninguém, nem Wanda e Carol.

Eu estava tão preocupado com essa garota.

Levantei, já pedindo para eles se sentarem e o primeiro a apresentar se preparassem. Ouvi muitas coisas interessantes nesses dois dias de trabalho, estava orgulhoso. Muitas histórias de amor, imigração, e apenas algumas normais. Disse a eles que nem toda história precisava ser louca e impressionante para importar.

Mas algumas eram loucas, de fato. A de Tony envolvia produção de armas em massa, o que me deixou confuso, depois a de Bruce envolvia um acidente químico quando criança. Thor e Loki fizeram a apresentação juntos, e contaram suas origens vikings, Wanda e Pietro sobre sua terra natal, Sokovia. Clint tinha sido criado no circo.

Mas tinha uma em específico que eu estava ansioso para saber.

- Então depois que minha avó foi rejeitada pela playboy, ela largou a vida de modelo e foi trabalhar em uma lanchonete em Tacoma, onde conheceu meu avô, ele era toureiro.

Eu encarava Natalie com as sobrancelhas franzidas, será que ela tinha inventado aquilo? Era uma história absurda demais para ser verdade, mas ela falava tão sério que acreditei. Depois, ela puxou uma foto da avó e o avô se beijando ao lado de um touro.

History Teacher - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora