Epílogo

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Cinco anos depois

- O antissemitismo de Hitler pode ser entendido como um dos aspectos mais importantes do nazismo, na medida que reunia a população contra um inimigo responsável por todos os males do país a figura do judeu, que deveria ser exterminado e combatido. Além disso, outras pessoas como negros e deficientes eram assassinados com o propósito proveniente do rascismo científico de perpetuação de uma falsa espécie perfeita...

Steve gesticulava na frente de uma multidão que assistia sua palestra em Harvard. O quadro estava coberto de informações, cuja platéia de sessenta pessoas anotava com fervor. Da primeira vez, ele ficou nervoso, claro. Mas depois, era tão natural quanto dar aula no colégio, e menos desafiador também.

Naquele ano ele fez a prova para Harvard, e passou como professor substituto. Ainda não era professor titular, mas suas pesquisas eram famosas e constantemente Steve dava aulas opcionais sobre Holocausto. Agora, ele sempre via a mãe, que apoiava sua carreira como ninguém. Ele ainda mantinha contato com Bucky, embora não fôsse como antes, mas claro, era uma coisa boa eles seguirem cada um seu caminho. Ele e Wanda tinham terminado, mas ainda eram colegas. Ele ainda estava na cidade e Wanda cursava bioquímica em Stanford.

- Se não há mais nenhuma dúvida, encerro aqui a palestra.

Todos aplaudiram. Steve sorriu. Ele gostava muito do que fazia. Era apaixonado. Algumas pessoas vieram cumprimentar Steve, elogiando sua pesquisa. Ele respondeu todos. Guardando suas coisas, ele não percebeu que tinha mais uma pessoa lá em cima.

- Eu tenho uma pergunta.

Steve se virou, reconhecendo a voz. Ele olhou para ela, tão surpreso que parecia que tinha visto um fantasma. Seu estômago revirou como quando foi para a guerra pela primeira vez, e uma faísca eletrizou o ambiente como na primeira vez que colocou os olhos naquela garota.

- Ah, meu Deus.

- Não é essa a pergunta. Você acha que o Hitler tinha um pau pequeno?

Steve sorriu. Algumas pessoas que restavam na sala olharam apavorados para Steve. Como ele não respondeu, foram embora. Natasha desceu as escadas devagar, olhando para ele com um sorriso também.

- Sou Natasha Romanoff.

Steve engoliu as lágrimas querendo se formar.

- Steve Rogers.

Os dois sentiram um choque percorrer seus corpos com o toque. O primeiro em cinco anos.

- Pode responder minha pergunta?

- Não saberia dizer, senhorita Romanoff.

Ela sorriu. Natasha estava diferente, claro. Tinha incrivelmente crescido alguns centímetros, ganhado mais corpo, oh, nossa, muito corpo. Estava linda. O cabelo curto, mas ainda usava roupas pretas e olhava para ele como se aquele fosse um desafio.

Ah, você não vai aguentar.

Algumas coisas nunca mudavam.

- Eu estava no metrô, há alguns dias, e vi um folheto da sua palestra. Nem sabia que entregavam folhetos assim no metrô, mas acho que foi o destino.

- Você está ótima.

- Você também. Gostei da barba.

Steve sorriu. Ele não conseguia parar de sorrir. Ver Natasha era como nascer novamente. Quando o viu, ela também sentia o mesmo. Ele estava tão bem, fazendo o que amava. Parecia feliz. Quando viu o folheto, o mundo parou. Ela pensou se deveria ir atrás dele, e se estivesse casado? Com filhos? Meu Deus, ela vomitaria.

Mas Natasha Romanoff não tinha medo de muita coisa.

- Eu me formo na Julliard esse ano.

- Eu sei. Fui em uma apresentação sua, quatro anos atrás. Vi no jornal.

Natasha sorriu. Ele pensava nela tanto quanto ela pensava nele, a final. Por todos esses anos. E ele não estava de aliança.

- Ficou tudo bem, depois que sabe. Você levou um tiro?

- Sim. Eu tenho uma cicatriz igual a sua.

Natasha levantou a blusa, e Steve quase engasgou vendo sua pele nua, e claro que ela percebeu a vermelhidão tomando conta de seu rosto.

- Eu só não posso mais usar biquíni.

- Ah, você deve ficar terrível de biquíni.

Natasha sorriu.

Silêncio.

- Você quer tomar um café depois daqui?

- É tudo que eu mais quero na vida.

Os dois sorriram, Steve pegou sua bolsa e andaram juntos para fora.

- Você tem certeza que pode consumir cafeína? Já que você é, sabe...

- Velho?

- Isso.

History Teacher - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora