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Pov S/n Yoshida:

Finalmente chegou o final de semana. Os pesadelos continuaram e eu já não aguento mais.

Tenho receio de dormir e acordar sendo perturbada por essas merdas. Eu estou tão cansada disso.

Eu disse que tiraria meus pais da minha vida, mas eles não saem da minha mente. Sempre me perturbam mesmo estando longe e isso me faz odiá-los cada vez mais.

Mas eu não cancelei a festa de hoje, na verdade acho que preciso dela. Minha última festa foi horrível, eu quero aproveitar e esquecer todos os problemas.

Já estou pronta. Eu visto um vestido curto, justo e preto. Um pequeno decote na coxa direita e sem alças.

Nos pés estou usando um salto preto.

Meu cabelo está feito e uma maquiagem leve no rosto, estou levando uma bolsinha de ombro para guardar meu celular.

São 21:00 e agora nós chegamos na boate.

Assim que entramos, eu observo o local e vou direto para o bar.

Lá eu peço um, dois, três copos... E assim minha noite começa.

Me misturo com as pessoas e começo a mexer meu corpo me juntando a mulheres que nunca vi na minha vida.

Eu dançava como se não houvesse amanhã. Emma virava mais um copo à minha frente, dou um sorrisinho e balanço a cabeça.

[...]

A festa rolava e são tipo 02:00.

Eu posso me sentir observada, mas talvez seja só o efeito da bebida, afinal meu chefe mandão não está aqui.

Eu não esqueci de porra nenhuma, parece que a bebida também faz questão de me lembrar de tudo.

-Preciso de algo mais forte.- Digo para o barman.

Antes mesmo que ele responda eu olho para o lado vendo um homen entregar um pacotinho para uma mulher encondido.

Eu preciso esquecer.

Eu sou filha deles, claro que eu seria um desgosto também.

Eu vou esquecer.

-Ei! Quanto é essa merda?- Digo indo até o homem.

-Essa merda?- Ele segura o pacote em frente aos meus olhos e eu assinto olhando para a cocaína.

-Isso.

Eu estava prestes a tocar no que me faria esquecer isso tudo de uma vez por todas, ou era isso que eu achava.

-Sn porra!- Ouço alguém gritar e me puxar para longe do homem.

Olho para cima e reconheço aquela imagem. Sua tatuagem, seus cabelos loiros, seu cheiro... Era impossível não reconhecer.

-Draken...

-Oque você ia fazer? Tá louca, porra?- Ele me arrastava para longe daquilo.

-Me deixa! Eu sei oque estou fazendo!- Tento me soltar.

Eu não sei oque estou fazendo.

-Você vai se arrepender, caralho! É um caminho sem volta!- Ele grita.

Nós já estávamos fora da boate.

Caminho sem volta.

Eu não respondo nada, apenar olho para sua feição irritada segurando a vontade de chorar.

Oque eu ia fazer? Acabar com a minha vida também?

- Entre no carro.- Ele diz e abre a porta de sua Porsche.

Boss | 𝗞𝗲𝗻 𝗥𝘆𝘂𝗴𝘂𝗷𝗶 Onde histórias criam vida. Descubra agora