A cidade de Istambul era refrescante e conhecida por não fazer muito calor no verão, na maioria das vezes um clima ameno, agradável para seus moradores. Hoje era o grande dia! O noivado seria oficializado perante os amigos mais próximos de Orhun e as pessoas mais importantes que Afife convidara para a festa, uma certa garota estava a beira de surtar. Queria a todo custo impedir esse casamento, mas que escolha ela tinha? Viver nas ruas não seria nada fácil. Ele sempre a encontraria caso ela fugisse. Despertou apavorada em lágrimas, teria de fingir um sorriso novamente, era um saco - já estava começando a ficar muito entediada por seus dias iguais, monótonos como os dele. Sabe que Demirhanli é também cativo pelos traumas, isso a prisioneira consegue identificar somente com um olhar para a pessoa. Passou tanto tempo com sua melhor amiga - a desgraça - que agora ao ver no olhar de cada ser humano a dor, mágoas e traumas, um fardo que ninguém aguenta. Um barulho alto a fez derrubar o copo no chão com o som repentino da porta se abrir e quase gritou ao notar a presença de Orhun Bey. Os passos incrivelmente rápidos, a assustou.
- Por que está parada aí? - adentrou o quarto da moça tendo em mãos um vestido verde escuro, elegante e longo. - Vá se trocar. Daqui a pouco chegarão cabeleireiro e maquiadora, você tem que estar pronta pra cerimônia.
- Já entendi. - ela não queria ter soado ríspida, mas era impossível controlar. Sentia repulsa por esta prisão idiota que ele havia a colocado para pagar por seus pecados - Não precisa falar como se eu fosse surda.
- Hira...
Orhun mal conseguiu terminar de falar o nome dela, a preocupação veio ao instante que ela colocou a mão sobre a boca, correndo desesperada até o banheiro. Bateu na porta com toques leves.
- Qual é o problema - sua pergunta soou como uma exclamação. - O que houve?
Em meio ao vômito, Hira solta um gemido quando fala baixo, mas o suficiente para ele escutar: - Estou passando mal!
Preocupado, o filho de Afife arrombou a porta. Encontrando a assassina chorando debruçada sobre o vaso sanitário, segurou seu cabelo macio, ela terminava de vomitar...
- É preocupante. - o mesmo comenta entre "fingir" se importar com o estado de Hira - Vamos no hospital após a cerimônia, você está se alimentando mal há semanas! NÃO MINTA PARA MIM. E AINDA KARA ME DISSE SOBRE ESSES SEUS DESMAIOS, PARECE QUE A CULPA DE TER MATADO MINHA IRMÃ ESTÁ FAZENDO EFEITO.
- Por favor, me mata! Eu não aguento mais isso... preciso morrer, não posso ser sua esposa e entendo que mereço ser punida pelo o que fiz, mas é demais casar com alguém que tenho medo - pegou o braço dele, encarando-o em seus olhos profundamente. Fazendo Orhun sentir-se arrepiado. - Mal posso encarar aquelas pessoas e -
Ele a interrompeu: - Isso não me importa! Você é minha, a partir de agora. Aceite que dói menos. Irei à cozinha, um limão com água pode ajudar.
(...)
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Esaret - (Cativeiro) - 01.
RomanceOrhun é um empresário de sucesso que foi criado em uma família rica, mas sem amor, junto com sua irmã gêmea Nihan, a irmã mais nova Nursah e sua mãe fria e distante, Afife. Há algum tempo, Nihan partiu para fazer trabalho voluntário como médica na E...