Amor Incerto

Cap 17: "Entrega"

Um mês havia se passado desde aquela noite da festa no Siciliano de Queiroz. No decorrer do tempo aconteceram algumas mudanças na minha vida, assim como algumas permaneceram iguais, como Lorena e Erisson que continuavam firme, meu relacionamento com Elizabeth que permanecia conturbado, o colégio que prosseguia dentro da normalidade e meu namoro com Vitor! Vivíamos o melhor momento desde o início do nosso namoro, estávamos no ápice do nosso relacionamento, mas como eu disse, algumas coisas mudaram também, exemplos... A amizade entre Matheus e Sthepany que poderíamos considerar como uma "amizade colorida", a aproximação de Naty comigo depois da ida de Suzan para o Brasil. Caio Lambergussen também havia se tornado um grande amigo meu, fato que Vitor não tinha gostado muito, mas ele não tinha o que temer, eu só conseguia olhar para ele. Outra coisa que mudou muito foi meu relacionamento com Robson, finalmente ele tinha me permitido se relacionar de fato com ele e estávamos muito bem. Danilo tinha ido passar um mês na Inglaterra, em Londres, visitar uma tia dele e aproveitar suas férias... Enfim...

Com relação a saúde de Vitor, ele nunca mais desmaiou, mas em compensação suas dores de cabeça se tornaram cada vez mais frequentes, após a saída do médico da casa dele no dia da festa me lembrei que seus pais haviam se esquecido de dizer ao médico a respeito dessas dores do Vitor, mas no dia seguinte lembrei a eles sobre isso e ficamos de marcar uma consulta para sabermos o que seria, foi difícil levá-lo mas conseguimos, levamos Vitor ao hospital para ser avaliado e após alguns exames realizados não foi constatado nada de anormal, nenhuma anomalia, então Elizabeth e eu ficamos bastante intrigadas, as dores de cabeça dele teria que ter uma causa. A mãe de Vitor então decidiu levá-lo ao um especialista, um neurologista! Ela queria uma explicação para essas dores, essa nova consulta aconteceria dentro de alguns dias...

Como disse antes, meu namoro com Vitor ia de vento em polpa, tudo a mil maravilhas! Nada nos atrapalhava mais, claro que às vezes tínhamos um mal-estar, mas tudo era muito controlável, nós nos entendíamos, sentia-me firme como nunca estive antes, ele me passava total confiança.

- Como o tempo passa rápido! - nos encontrávamos no mesmo parque que um dia nós estivemos juntos próximo a nossa casa.

- Isso é verdade, muito rápido mesmo, seis meses já se foi e a melhor coisa que me aconteceu nesse ano foi ter encontrado você!

- Não seria o nosso namoro não, a melhor coisa que lhe aconteceu? - perguntei querendo saber o que ele iria me responder...

- Detalhe amor! Se não lhe conhecesse e se você não fosse exatamente como é, eu não teria lhe namorado, então o mais importante foi te conhecer sim, o nosso namoro foi uma consequência maravilhosa disso!

- Entendi! Você se saiu bem agora. - estávamos descontraídos...

- Mereço um beijo não?

- Hum, me deixa pensar, claro que merece, um não, vários! Mas não se acostume não! - brinquei com ele!

- Depois o esperto sou eu! - rimos muito com o comentário dele. Nossos beijos! Ah nossos beijos! Nossas carícias já não eram mais normais, rotineiras, sempre que ele me acariciava era como se cada toque seu fosse diferente, único! O legal era que essa sensação acontecia naturalmente, não era nada forçado tornando isso mais especial ainda!

Uma grande novidade ia acontecer na Quarta Feira, minha família ía se hospedar na casa dos Watson, á convite de Robson e Elizabeth enquanto nossa casa passava por uma reforma, fato que demoraria exatos uma semana, meus pais até que queriam se hospedar em um hotel para que não fossem certo incomodo na casa dos Watson durante esse período, mas por muita insistência deles meus pais aceitaram, ficou na minha cabeça como seria morar com Vitor por uma semana, as meninas quando souberam criaram um alarde generalizado, brincando comigo, zoando de mim, coisas de meninas! - Olha já vai morar com ele... - riamos dos comentários - Então vai tudo muito bem hein Lívia... - elas brincavam e eu levava na esportiva! Já estava mais que acostumado com o jeito delas de ser.