Katy nunca havia se esquecido do buraco, ele levou seu avô, seus animais, como pode, uma coisa tão sem graça como a terra fazer isso??
Mas, não era hora de reclamar, ela estava com vinte e dois anos, precisava arrumar seu lugar para não ficar desconfortável na jornada.
- Certo, se concentre, Katy, você sabe que não é seu dever ficar lamentando o passado.
De fato, não era, afinal, uma enfermeira muitas vezes deve torcer por melhoras, não lembrar o quão duro é ver um buraco.
- Por favor, Srta. Katy, não se preocupe.
Suspirou. Se preocupar, na época, era a última coisa que a criança não queria.
- Diga, ele vai ficar bem? - A mãe perguntou.
Sim, mesmo não estando lá, ela escutou, uma vez, duas, foram soluços.
- Mamãe, por que você está chorando?
- Não se preocupe comigo...
Katy concordava, mas mentalmente continuou a se preocupar com tudo o que acontecia.
Ela cavou mais fundo o seu próprio buraco, ele não era como o do vovô, mas era pior.
- Papai, o que está havendo com a mamãe?
- Ela está bem!
A criança ficou mais preocupada, queria ser o conforto da mãe, do pai, mas não sabia como, ela estava confusa, indecisa.
O buraco dela aumentava devagar.
- Você quer preocupar a nossa filha?! - Escuta a menina.
- Desculpe, mas eu não consigo...
- Ela é uma criança, Miranda! - Reclama o pai.
- Eu sei, Jacob... - Miranda falou.
Jacob ficou em silêncio. Miranda soluçou.
Aumentar algo é trabalhoso, mas é rápido nas vezes que estamos desesperados para acabar o serviço.
- Miranda, vamos nos mudar, essa casa é uma porcaria! - Jacob sugere.
- Tudo bem.
E lá se foi Katy e sua família, se mudaram. Sei muito pouco do antigo lar deles, mas que era a porcaria que Jacob diz, eu concordo!
Bem, voltando ao assunto, Katy está olhando a janela do ônibus. Ela esperava descer logo e ir para seu trabalho.
Assim que chegou no prédio, a moça suspirou e desceu do veículo. Entrou na empresa e veio receber, com um sorriso, a chata da colega.
Ela estava no buraco profundo.
- Olá Katy, está atrasada... Como sempre.
- Oi Polly.
Katy, neste momento, tem vinte e sete anos, o cabelo dela é moreno e seus olhos são roxos, ela é secretária da empresa de aparelhos, sua família está morando numa casa de campo e, bem, a nossa protagonista parece estar bem.
- Srta. Katy, pode vir aqui, por favor?
- Uh? Sim senhor... - Ela diz.
- Este é meu primo, Klaus.
- Muito prazer - O rapaz sorriu.
Ele tem cabelos negros e suas íris são verdes, tem trinta anos e trabalha como padeiro numa pequena rua.
- ... Oi - Katy sorriu.
- Klaus, essa é Katy.
Os dois se encaram. O coração deles batia.
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A Nevasca E Outros Contos
Random20 contos curtos que podem ser de todos os estilos de história, desde comédia ao terror. É só se divertir e temer os contos desta história! Concluído: ✅️ Revisado: ✅️