Marquinhos é um garoto de dez anos, seu pai e mãe estavam conversando sobre uma nova companhia para o menino.
Mark, apelido de Marquinhos, observou um cãozinho branco e creme, faz um tempinho que eles tinham uma amizade, e também fazia mais que o moleque queria ter um cãozinho.
- Mamãe... Eu tenho uma opção... - Mark diz para ela, enquanto eles estavam na sala.
- Sim? - Ela o encara. - Qual é?
O menino chama o cachorro, que aparece na janela, sorrindo e balançando o rabo.
- Este é o Ike.
O canino pula e cai no colo do rapaz.
- Posso ficar com ele, mãe?
- ... Pode - A mãe murmura.
- Obrigado mamãe! - O menino sorriu.
Os dois começam a correr pelo quintal. Isto ocorreu de manhã, agora eles estavam só deitados na grama, com o cachorro vendo o menino de vez em quando, lambendo sua testa. O menino deu um sorriso.
- Você sabe, Ike, a mamãe sempre acreditou que eu tinha uma imaginação muito fértil, certo?
O cachorro latiu, sem se importar com o que Mark falou. O menino ficou meio sem jeito de ter uma cãozinho tão distraído e, sem saber do que mais brincar, decidiu descansar um pouco, afim de conseguir ter ideias para uma diversão.
Ike voltou a latir de forma descontraída, os seus olhos brilham de alegria enquanto ele balança o rabinho.
- Tem alguma ideia? - Mark pergunta.
O animal latiu.
- Uh? - Ele se senta na grama.
O cãozinho aponta para um caminho. Uma pequena ventania começa a surgir, fazendo o menino estremecer. Mas os dois entram.
Os pássaros começam a piar, os ventos se tornam mais fortes, e as nuvens formam o que parece ser uma tempestade.
- Acho melhor voltarmos, está ficando frio e minha mãe não gosta de me ver molhado e sujo, pois a casa ficaria bem ruim.
Ike latiu.
- Vamos garoto... - O menino lhe chamou.
O cachorro corre para perto de Mark, e toda a caminhada foi retomada. Mais tarde, eles voltam para casa e vão se deitar encima do sofá.
- Meu tapete! - A mãe de Mark reclama. - Só veja quanto pelo este cachorro espalhou!
- Foi mal mamãe! - O menino fala, com uma mão atrás da nuca.
- ... Tudo bem - A mulher suspira. - Vamos, é hora de ir para a cama.
A criança concorda e se deita na cama. Ela observa o cachorro e sorriu, sabendo que a sua mãe parecia ter gostado bastante dele.
- Ike, vem cá! - Mark aponta para um tapete do lado da cama dele, e o cão deita lá.
- Boa noite... - O menino sorriu.
O animal late e deita a cabeça. Mark e seu cão foram dormir, enquanto a chuva podia ser ouvida pela janela. Não havia raios nem trovões, mas existia uma coisa que deixava o garoto inquieto.
- Ike, vamos... - O menino se levanta.
Sem nem precisar pedir mais uma vez, Ike se levanta e segue Mark para um cômodo da casa, o porão da casa dele.
- Espera... - O menino adverte. - Aqui é uma localização muito assustadora da casa, eu creio que não precisaremos ir para cá e...
Outra vez o menino escutou passos. Ike fez uma cara feia e começou a latir. Mark olha para o cão e fica com certo receio de andar lá embaixo.
Até que uma voz o chama. A voz da mãe do garoto.
- Marquinhos... Meu garotinho... - A mãe lhe chamou.
- Mamãe? - Ike continua a latir, enquanto os dois encaram o porão.
- Venha com a sua mãe. Por favor... - Ela diz indo te abraçar.
- Marquinhos se afasta dela. Até que o cão começa a chamá-lo.
- Mark! MARK! - Era o irmão mais novo dele que estava desesperado.
- Maninho...? - Ele o encara. - Tudo bem? As suas mãos estão tremendo...
- Uh? Jorge...? Sim. Eu acredito que está. O que houve? - Mark o encara.
- Papai e mamãe... Se foram? - Perguntou o menino.
- Sim... - Mark suspirou.
- Por que? Como...? - Jorge começa a ficar triste, e uma lágrima rola dos seus olhos.
- Não se preocupe... - Mark o acaricia. - Eu te protegerei, e você pode não precisará ter nenhuma preocupação, ok?
- ... Tudo bem, Mark. Você estava pensando em que?
- No meu sonho... Você era um cachorro.
- Era? - O menino riu. - Ah, para!
O irmão mais velho deu um sorriso.
- Verdade. Eu nem sei por quê.
- Acho que... É por que eu sou seu melhor amigo. Seu parceiro.
Os dois irmãos sorriem e começam a rir. E, mais tarde, o relógio mostra que são cinco horas.
- Está muito tarde... Mas não temos mais tempo de dormir... E agora?
- Vamos faltar na escola? Sei lá... Fugir? Ir para algum outro lugar?
- ... Pode ser irmãozinho.
Os dois vão. Mas, enquanto Mark estava se dirigindo para a porta, ele havia passando pelo porão, e escutou o latido de um cão. O irmão se arrepiou. Mas, tentando ignorar, o mesmo passa e abre a porta.
- Vamos Jorge! Pegue suas coisas e iremos explorar o mundo! - Mark riu.
Jorge aparece, e os dois irmãos começam a caminhar, indo para qualquer outro lugar, exceto ali. Foi quando Mark observou que existia um cachorro que estava indicando o caminho de casa.
- ... Jorge? Você se lembra do Ike?
- Ike...? Oh! O cachorrinho que tentou nos salvar?
- ... Sim. Ele mesmo.
- Eu lembro. Vi no meu sonho, quando nós estávamos indo dormir.
- ... Será que ele está bem?
- ... Não tenho certeza. Mas a mamãe disse que ele estava.
- ... A mamãe? - Mark encara o irmão.
- Sim... No meu sonho... A mamãe disse, ele estava no porão de casa.
- ... No porão? ... Que mãe você diz?
- Aquela que... Bem, estava no quadro que a sua própria mão ajudou a queimar.
- ... Ela? - Mark parou um pouco. - ... Acha o Ike legal?
- Acho.
- ... Eu acredito que, ah, esquece.
- ... Será que o Ike nos receberá? Devemos voltar e ver.
- Não. Ele... Ike vai nos esperar. Mesmo que demorarmos oitenta ou noventa anos. Ele vai nos vigiar, mesmo a distância... OK?
- Tudo bem Mark! - Jorge sorriu.
O mais velho colocou o irmão mais novo no colo e começou a caminhar. A floresta está alegre e ensolarada. Mark continua, viajar e explorar seria o novo lema.
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A Nevasca E Outros Contos
Random20 contos curtos que podem ser de todos os estilos de história, desde comédia ao terror. É só se divertir e temer os contos desta história! Concluído: ✅️ Revisado: ✅️