Conto 20 - O Tempo

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Reddy estava ficando irritado, se Lilian não iria devolver a Nina, então ele a pegaria na força do ódio que sentia, pois ninguém vai mexer com a filha dele e sair impune.

- Aonde está minha filha?! - Ele reclama, ao ver que ela estava sorrindo.

- Sua...? Ah! A criança... - A moça riu e deu de ombros.

- Me responda! - Digo.

- Se você me agredir, posso delatar a polícia e irá para a cadeia!

Reddy parou um pouco, fechou os olhos, e dando um passo na direção dela, deu uma cabeçada tão forte na cara de Lilian que as narinas dela começaram a sair sangue.

- O que...?

- Se for para ser preso, que eu seja, mas irei te fazer pagar por sequestrar a Nina! - Fala o homem, limpando o sangue da moça do rosto. - Este sangue que eu tirei de você... Não merece tocar em nada mais que é meu ou de minha família. Entendeu?!

Ele gritou tão alto que a menina reconhece a voz do pai.

- Pai! PAI! - Gritou Nina de uma gaiola.

- Nina! - Reddy foi socorrer a criança, mas não sem antes da um belo pontapé na cara de Lilian. - Isto é pela Nina!

O homem correu para salvar a menina, que estava numa gaiola, acima de um líquido verde e vermelho, ela parecia mais magra e seus olhos pareciam estar sendo tirados e, o pior de tudo, de pouquinho em pouquinho, até a garota sofrer tudo o que acreditaram que ela merecia.

- Nina! - Reddy tentou achar uma alavanca ou qualquer coisa que fosse necessária pra abaixar a cela, mas nada foi útil. - Aguenta, o pai está chegando!

Nina tentou permanecer calma, mas algo a fez se desesperar, era passos que parecia que o pai não tinha escutado.

- Papai! Papai! - Ela tentou alertar.

- Nina?! - O pai a olha, um tiro o acerta bem na hora.

- PAI!!!! - Ela se enfurece, a menina começa a tentar quebrar a jaula.

- Ora... Reddy... - Lilian começou. - Você verá que o melhor caminho é o meu...

- Sua... Sua... - Ele olha para a filha, por isto não completou a frase.

- Sua...? - Ela também vê a criança. - Oh, sei.

- Deixe-a em paz... - Reddy sussura.

- O que? - Ela se aproxima, pisando bem na ferida do homem, que grita de dor.

- PAI!!! - O menina grita de ódio.

- Silêncio, pirralha! - Lilian reclamou. - Serei eu a única mulher da vida do Reddy agora!

A menina quebrou, começou a chorar. Uma parte da caverna tremeu, era aonde eles estavam.

- Nina! NINA! Não! Você não está pronta! - O pai a alerta, mas ela não escuta.

- Tonomo.... HAJITOYE!!!!

A terra se parte e quebra encima de Lilian, que desvia habilmente.

- Sabia... Essa menina tem algo especial! - A mulher riu e olhou para a criança com um interesse maior.

- Larga a minha família!!! - Reddy se levanta e tenta dar um soco em Lilian, que desvia e soca justamente a ferida.

- AH! - O pai grita de dor.

- PAI! - A menina se desespera mais.

Reddy parou até de falar, seus olhos estão se tornando vermelhos e sua boca cospe sangue, mas mesmo assim, ele se levanta.

- Persistente... - Sussurou Lilian.

- Fica quieta! - Reclamou o homem.

- O que vai fazer? - Ela riu. - Deitar e chorar?!

A terra inteira treme, e uma grande quantia de lava começa a surgir.

- Escuta aqui... - Reddy a encara com seus olhos flamejantes. - Eu sempre oculto esse poder por poder destruir o mundo inteiro... Mas agora, você passou dos limites!

O fogo se espalhou mais rápido, parecia se tornar lava de vulcão e a terra tremeu ainda mais.

- Nina, deixa que eu cuido disso! - Comenta Reddy.

- Não papai! Vamos unir nossos poderes!

Ele a encara, mas confirma, Nina tenta se libertar enquanto Reddy começa a luta com Lilian, que se movia como um gato ágil, até se mostrar ser realmente uma mutação de felinos.

- Cai dentro! - Reddy diz, partindo para cima com uma bola de fogo em cada mão.

Os dois começam a lutar, Reddy tentando queimar Lilian a distância enquanto ela se aproximava para arranhar a face dele.

Reddy quase atinge o braço esquerdo dela, com uma bola de fogo, mas ela desvia, um pouco mais atrás, Nina finalmente acabou se libertando após atingir uma pedra nas correntes que seguravam a grade. Fazendo os dois lutarem contra Lilian.

- Abaixa! - Nina grita para o pai.

Ele obedece e uma pedra grande parte em direção de Lilian, que desvia por pouco, seu braço começa a sangrar.

- Temos que conversar sobre o tamanho da pedra que você arranca, Nina! - Reddy riu.

- Ah pai! - Ela riu. - Está bem...

Os dois começam a lutar, pai e filha, Lilian apenas sorria, até que um bando de gente surgiu ao lado dela, capangas. Até que as forças de Reddy e Nina ficaram fracas, mas um grande furacão surge.

- Rosalinda...? - Reddy olhou-a.

- Cala a boca - Ela diz, te dando um tapa. - E cadê a Nina?!

- Mãe...? - A menina a encara.

- Nina?! Eu te falei para não usar poderes! E quem é a vaca ali atrás?! - Rosalinda diz.

- VACA?! - Lilith se zangou.

- Exatamente! - Rosalinda diz, formando um pequeno terremoto na mão esquerda.

- Sua... - Lilith começa.

- Rosalinda, a Nina... - Reddy tenta falar.

- CALADO! - A mulher começa.

Reddy e Nina se encaram. A mãe estava de saco cheio e pronta para acabar com isto.

- Geralmente, eu usaria minha chinela... - A mão dela faz um furacão ainda maior. - Só que... Para você... Farei algo pior...

Ela junta as duas mãos, e o furacão ficou bem descontrolado, criando até trovões de tão raivoso, a mãe olhou para Lilith, sorriu de canto e semicerrou os olhos.

- HINIME... OSORE....

Os trovões aumentam, a terra quebra e os oceanos se descontrolam, abrindo o maior e mais fundo buraco do mundo, que levava direto pro confins da terra quente.

- KIRANASSE!!!!!!!

O furacão consome completamente Lilith, a impedindo de sair, levando choques até sua pele ficar vermelho vivo, e ser empurrada e engolida pela terra.

- ... Rosalinda? - Reddy tentou falar.

- Cala a boca.

- Mamãe...

- Está de castigo.

Rosalinda suspirou, pegou Nina na mão, só deu de ombros e foi embora, muda e brava.

A Nevasca E Outros ContosOnde histórias criam vida. Descubra agora