— Eu estou chocada! (Yuzuha praticamente gritou)— Imagine eu, nunca na minha vida eu imaginei que ele poderia querer algo comigo. (Sim, nós duas estávamos fofocando sobre minha noite com o Taiju, afinal ela sabia que eu estava com ele, e jamais deixaria isso passar em branco)
— Porque não quis né! (Yuzu me olhou com cara de tacho me deixando confusa)
— Como assim? (Questionei pegando mais um morango e levando a boca)
— Ele sempre agiu diferente com você, isso desde muitos anos atrás, bastava só você aparecer que meu irmão parecia outra pessoa. (Parando para pensar isso realmente é verdade)
Na época que ele batia na Yuzuha ele bateria em qualquer outra mulher, porém eu já coloquei o dedo na cara dele e o repreendi na frente de toda a Black Dragons e tudo que ele fez foi respirar fundo e se virar e ir embora, e isso não aconteceu só uma vez.
Ele nunca, nem sequer uma vezinha levantou a mão para mim ou deixou qualquer um de seus homens fazer o mesmo, lembrando aqui, ele já até espancou um de seus membros que ameaçou me bater, antes eu nem pensei muito nisso já que eu sempre pensava o pior dele.
— Verdade... (Murmurei ainda pensativa sobre as diversas vezes que algo do tipo aconteceu)
— Então já posso te chamar de cunhada? (Minha amiga perguntou animada me fazendo arregalar os olhos, parece até que ela estava torcendo por isso)
— Vai com calma mulher, a gente conversou ontem, não é nada sério não, deixa eu ver onde isso vai dar. (Falei tentando inutilmente conter sua empolgação)
— Para né, meu irmão te implorou por uma chance, aquele dali já tá de quatro por você! (Zombou me fazendo rir e menar com a cabeça)
Passamos o resto do dia fofocando no meu quarto ou em qualquer outro canto da casa já que só tinha nós duas ali, e percebi que minha amiga está realmente me querendo como cunhada, e nem é por causa do Mitsuya.
Tanto é que ela a todo momento citava alguma situação no qual Taiju me tratava de uma forma que ele jamais trataria qualquer outra, e acho que mesmo se eu não tivesse sentimentos por ele, minha amiga teria conseguido me manipular direitinho porque já estou ansiosa para vê-lo novamente.
O que para minha felicidade não durou muito já que alguns dias depois da nossa noite juntos aqui estou eu na igreja como em todos os Domingo de manhã, e o que antes me desanimava, hoje está me deixando com um frio na barriga.
— Bom dia, Angel. (Ouvir o sussurro de Taiju após sentir seu delicioso cheiro assim que o mesmo se sentou ao meu lado no banco)
— Bom dia, Tai. (Lhe lancei um sorriso gentil vendo-o vacilar por breves segundos) - Como vai?
— Vou melhor agora que você não me olhar mais daquela forma. (Murmurou virando seu olhar para frente, mas pude ver um pequeno sorriso em seus lábios)
— Eu disse que te daria uma chance, então vou deixar tudo aquilo para trás e de tratar sem nenhum remorso no coração. (Afirmei e seu olhar voltou para vim ao mesmo tempo que ele me puxou para mais perto de si pela cintura e deixou um beijo no topo da minha cabeça, me fazendo sentir meu rosto esquentar)
— Você fica ainda mais linda corada! (Ele afirmou me deixando ainda mais envergonhada)
Não dissemos mais nada, apenas prestamos atenção no que o padre dizia, porém em momento algum ele deixou de manter um contato físico comigo, seja segurando na minha cintura ou na minha mão.
— Quero te levar a um lugar. (Taiju falou pegando na minha mão e me guiando até seu carro assim que saímos da igreja)
— Pra onde? (Questionei curiosa, porém não recebi uma resposta o mesmo apenas abriu a porta do carro para que eu entrasse e assim eu fiz)
Durante o trajeto ele seguiu com a mão sobre minha coxa enquanto mantínhamos uma conversa tranquila e até animada da minha parte, eu sempre evitei falar com ele, mas agora parecia que eu tinha uma intimidade surreal com o mesmo.
Poucos minutos depois chegamos a um café simplesmente maravilhoso, e eu tinha certeza que meus olhos estavam brilhando ao observar cada docinho que tinha ali, e para completar, o Shiba disse que eu podia pedir o que quisesse.
— Você realmente gosta de doces. (Taiju falou rindo vendo a quantidade de docinhos que peguei para experimentar)
— Quando eu era pequena e minha vó tinha que ficar me levando para o hospital, ela sempre comprava uma torta pra me animar, era como um incentivo. (Ela quem tinha que me levar na época já que o Taka era novo e minha mãe estava trabalhando)
— Você... (Ele começou, porém deu uma travada, sem saber como continuar, então coloquei minha mão sobre a dele e lhe lancei um sorriso)
— Pode falar, Tai. (O sentir relaxar de imediato)
— Você tem algo? (Perguntou hesitante)
— Não, mas como meu pai morreu de uma doença que surgiu do nada, eles têm muito medo por eu ter uma saúde sensível demais, então estou sempre fazendo exames para prevenir qualquer coisa que possa vir a surgir. (Expliquei e então o mesmo relaxou mais ainda)
Pelo o que a Yuzuha me contou, a mãe deles morreu de câncer, e o Taiju se tornou tão agressivo assim por nunca ter lidado muito bem com a perda, então acredito que ele estava se sentindo apreensivo por isso.
— Eu estou bem, Tai! (Afirmei querendo deixá-lo mais calmo) - Aqui, experimente essa delícia! (Lhe estendi uma colher com um pedaço da torta, ele deu uma hesitada mais aceitou abrindo um sorriso em seguida, só não sei se foi pela minha empolgação ou porque realmente gostou)
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Sacrilégio - Taiju Shiba
FanfictionAyane Mitsuya sempre foi uma garota doce e delicada que encanta a todos com uma extrema facilidade, sua beleza e de deixar qualquer um admirado até mesmo Taiju Shiba que não foi capaz de ser imune aos seus encantos. Taiju podia ser o monstro que fos...