Tocando a vida

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Tomy e Isa, seguiam suas vidas trabalhando muito com o que sempre amaram e se dedicavam aquilo que acreditavam.
Entre uma viagem e outra, ela tinha pouco tempo para se dedicar à sua casa e à sua coelhinha, que tinha sido um presente daquele que um dia ela desejou entregar o seu coração.

- Belinha, como você cresceu, está tão fofinha, cada vez que volto você está maior! - falou Isa.

Tomy seguia amando cada detalhe dos aviões que ajudava a construir, as tecnologias aplicadas faziam dele cada vez mais conhecido e admirado.

- Oi, podemos atrapalhar? - perguntou Kátia.

- July, você aqui? Que coisa boa! - falou Tomy.

- A Kátia me trouxe para eu te dar um beijo. - falou a menina.

- Desculpa se incomodamos, senhor Tomy, estávamos passando e essa mocinha queria vê-lo.

- Você fez bem, podemos ver os aviões e depois sairmos para lanchar. - falou Tomy, muito feliz.

Ele mostrou tudo o que fazia para elas, July olhava aquilo com admiração e já falava em construir aviões.

- Você quer construir aeronaves? - perguntou Tomy.

- Sim! Quero ser igual ao senhor. - respondeu a menina.

- Ela só fala sobre as aeronaves, vamos ter futuramente dois gênios da aviação, nem vai precisar de mim, July. - disse Kátia.

- Vou sim, você é a minha mamãe.

Ela correu ao encontro de Kátia e a abraçou bem forte, a jovem jamais esperava ouvir algo parecido.

- Meu amor, você me chamou de mamãe? - perguntou Kátia.

- Sim! Você pode ser a minha mamãe?

Os olhos dela se encheram de lágrimas e a voz quase não saía, Tomy olhava aquela cena sentindo algo bom em seu coração. Como era importante para July aquele tipo de carinho, que ele sabia ser verdadeiro.

- E eu, July, você me ama dessa forma? - perguntou Tomy.

- Sim, te amo a cada dia mais e mais, amo os dois. - disse July.

Isso era amor, aquilo que nos deixava alegres e despertava atitudes tão lindas e verdadeiras.

- Que sorte a July tem em tê-la ao lado.  - falou Tomy.

- Ela tem o senhor, que a ama incondicionalmente. O que fez por ela é sem preço, só alguém com o coração bondoso daria a vida que ela tem hoje. - falou Kátia.

- Você sempre acalma o meu coração, tem um poder em me deixar bem.

- Não sou eu, é a força que está aí dentro e o senhor nem percebe.

Tomy sempre ficava intrigado com a leveza que Kátia tratava assuntos tão delicados e como ele se sentia diferente ao seu lado.
Os três deixaram à empresa e foram lanchar, afinal, estar ao lado dela trazia uma calmaria jamais sentida.

- Precisamos ir, senhor Tomy, a July tem aula de piano e já está atrasada. - falou Kátia.

- E você, o que vai fazer enquanto a aula estiver acontecendo? - perguntou Tomy.

- Sempre fico lendo algum livro ou estudando.

- Aceita dar uma volta comigo? Mais tarde passamos aqui e pegamos a July.

- Tudo bem, vamos sim.

- Meu amor, vamos ficar aqui por perto e daqui a pouco viremos te buscar. - disse Tomy.

- Onde vão? Estão namorando? - perguntou a garota.

- July, não fala assim! - disse Kátia.

- Hum, vocês ficam lindos juntos!

- Vai lá sua sapequinha, daqui a pouco
voltaremos. - disse Tomy.

- Bom namoro, amo vocês. - disse a menina.

Ela entrou na escola de música correndo e rindo, na cabecinha dela, uma menina esperta de oito anos, os dois estavam se apaixonando. Para as crianças tudo é tão fácil, que bom
seria se fosse assim.

- A July está danadinha. - falou Kátia.

- Criança vê adultos sempre como um casal.

- Desculpa, senhor Tomy, que vergonha!

- Imagina, deve ser o desejo dela, só quer ter aquilo que perdeu.

- Deve doer muito nela ainda e no senhor também.

- Sim, mas ainda bem que você apareceu.

- Eu estou feliz ao lado de todos vocês.

- Feliz, Kátia?

- Sim, muito!

Eles passearam pelo parque que tinha em frente à escola, andaram de pedalinho no lago e tomaram um sorvete. Coisas simples, mas que para Tomy, naquele momento, eram extremamente importantes.

- Chegamos, meu amor, vamos para casa? - perguntou Tomy.

- Namoraram muito? - indagou July.

- Entra, sapequinha, precisa de um banho e um jantarzinho bem gostoso. - falou Kátia.

- Por que vocês dois não se casam?
Podem ser os meus pais.

- July, você está impossível hoje! - exclamou Kátia.

- Kátia, você precisa do Tomy e ele, precisa de você.

Os dois se olharam como nunca tinham feito, entraram no carro e não trocaram nenhuma palavra.

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