A linguagem do amor

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A proximidade de Tomy e Kátia estava cada vez maior, ela sempre cativante e ele, impressionado com a sua força e dedicação em ajudá-lo na criação de July. Os meses se passavam e a lembrança de Isa desaparecia naturalmente, pois aquilo que não regamos acaba morrendo, infelizmente ela fez sem intenção, sem maldade, mas ele estava ali tão perto, mas se deixou impressionar por uma história que ela mesma criou, pondo um ponto final naquilo que poderia estar vivendo e sabendo o que era ser amada verdadeiramente.

- Já está indo, Kátia? - perguntou Tomy.

- Sim, deixei a July no quarto desenhando, o Pierry está com ela.

- Eu posso te levar em casa, está chovendo?

- Nem vou me molhar o ônibus passa aqui na frente.

- Queria te convidar para jantar, você aceita?

- Eu e o senhor, jantando sozinhos?

- Qual é o problema?

- Nenhum, senhor Tomy, só estou surpresa.

- Podemos ir à um restaurante aqui perto, depois te deixo em casa.

- Mas eu nem estou arrumada.

- Você é linda de todas as formas.

- Não sabia que o senhor me achava bonita.

- Eu te acho bonita, inteligente, batalhadora e segura, é uma mulher que merece tudo de bom nesse mundo.

Ela entrou no carro meio sem jeito, Tomy estava feliz em poder ficar um
pouco mais ao seu lado.

- Você prefere vinho branco ou tinto? - perguntou Tomy.

- Eu nem bebo, senhor Tomy.

- Só Tomy, Kátia.

- Está certo, Tomy.

- Vou pedir um bem suave, é muito bom.

Ela estava totalmente envergonhada, além de ser o seu patrão, era um homem muito poderoso e conhecido, ser visto ao lado de uma garota tão simples, poderia acarretar comentários maldosos.

- Estava tudo perfeito, Tomy, adorei o
jantar.

- Você não está morando com a sua mãe?

- Não! Me mudei para esse apartamento, fica mais próximo à faculdade.

- Você é uma mulher tão forte, me impressiona a garra que tens.

- Quero poder ter uma vida estabilizada e ajudar a mamãe.

- Está certíssima.

- Eu vou entrar, já está um pouco tarde, amei o nosso jantar, até amanhã.

Ela se despediu com um beijo em seu rosto e entrou no prédio.

- Que beijo doce e sem malícia, sem querer nada em troca, ela me faz um bem que nem poderia imaginar. - pensou Tomy, um pouco confuso com tudo aquilo.

Voltou para casa e encontrou Pierry na sala esperando a sua chegada.

- Estava com a Kátia? - perguntou Pierry.

- Sim! - respondeu Tomy.

- E que cara é essa? A Kátia é uma menina de coração gigante, não vá magoá-la.

- A última coisa que eu quero é fazer mal à alguém tão especial.

- E a aeromoça?

- O que tem ela?

- Nunca mais ouvi o senhor falar sobre ela.

- Deve ser porquê o meu coração
aceitou o fim.

- Tem certeza?

- Não quero vê-la nunca mais.

- O que será que vai sentir ao reencontrá-la?

- Não me faça perguntas que não sei responder.

- Era essa a resposta que eu esperava. Não use a Kátia como um consolo, ela é muito especial para mim.

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