Sinais do coração

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- Pierry, não consigo tirar o sonho que a July teve da cabeça, nem estou dormindo direito. - disse Kátia.

- Ela perdeu os pais em um acidente aéreo e agora foi a Isa.

- Parecia tão real, ela disse que estive perto dela.

- Foi um sonho, Kátia, pare de pensar nisso, precisamos cuidar da July e do senhor Tomy.

- Onde ele está? Não cruzei com ele pela casa.

- Foi à empresa, hoje saem os laudos sobre o avião.

- Quase um mês daquele dia horrível.

Na empresa, Tomy recebia a notícia de que o avião não teve nenhuma falha humana ou mecânica, a explosão foi ocasionada por uma bomba colocada próxima aos tanques de combustíveis.

- Infelizmente, senhor Tomy, o seu avião sofreu um atentado, a falha não foi na aeronave. - falou o investigador do caso.

A notícia deixou aquele empresário ainda mais ferido. Como se não bastassem três pessoas mortas, agora ele iria reviver aquela dor por saberem que foram assassinados.

- Senhor Tomy, nós iremos descobrir os autores pode ter certeza.

- Nada trará eles de volta, nada! - falou Tomy.

A dor que estava sentindo foi multiplicada infinitas vezes.

- Lucas, porquê alguém faria essa maldade? - perguntou Tomy.

- Não sei o que dizer, eu nem consigo pensar.

- Eles poderiam estar vivos, a Isa estaria ao meu lado.

Ele chorava abraçado ao seu amigo querido, que sempre esteve ao seu lado em todos os momentos.

- Nós nunca erramos, alguém tirou a vida deles. Mas quem? - falou Tomy.

- Vou te levar para casa, não está em condições de dirigir.

- Lucas, eu só queria a Isa perto de mim.

A notícia sobre a bomba se espalhou, e a polícia já estava investigando o caso.

- Não deixem a July saber dessa notícia, ela está bastante impressionada. - falou Tomy.

- Eu ficarei aqui todas as noites para que ela se sinta protegida. - disse Kátia.

- Você é um anjo em nossas vidas, Kátia, obrigado por nunca sair do nosso lado. - disse Tomy.

O sonho, a bomba colocada no avião, e a história da moça sem família. Por que Kátia não conseguia esquecer?

- O que uma coisa tem a ver com a outra? Eu preciso parar de pensar, já estou ficando paranóica. - pensou Kátia.

- O que foi, Kátia? Está sempre pensativa. - disse Pierry.

- Fiquei impressionada com a história do atentado.

- Vai descansar um pouco, eu cuido da
July.

- Eu preciso ver uma pessoa, ela não sai dos meus pensamentos.

- Quem?

- Não sei, só preciso vê-la. Posso pegar o seu carro?

- Lógico!

- Mais tarde mando notícias.

Ela estava seguindo o seu coração, e quando ele pede, é melhor atender ao seu chamado.

- O que estou fazendo? Ela nem deve estar lá, já se passou um mês desde a nossa visita. Mas eu quero vê-la, pode ser que encontre a sua família. - disse Kátia.

Ela chegou ao hospital no final da tarde e foi direto para a U.T.I, mas a moça já tinha sido transferida para um abrigo, e ninguém sabia informar o endereço.

- Ela foi transferida junto com outros pacientes, não temos como saber para qual ela foi levada. - disse o médico.

- Que pena! Queria vê-la. Ela melhorou? - perguntou Kátia.

- Saiu do coma, mas estava confusa e só falava de aviões, mas não lembrava o nome.

- O senhor falou, aviões?

- Sim!

- Eu preciso encontrá-la!

- Você a conhece?

- Não! Mas o meu coração me diz para eu encontrá-la.

Ela percorreu todos os abrigos próximos ao hospital, mas ela não encontrou nenhuma mulher que tivesse vindo daquele hospital.

- Ela desapareceu, não é possível! Só falta mais um abrigo, mas está muito longe, eu preciso voltar. - falou Kátia.

Ela estava tão perto, mas desistiu na metade do caminho.

- Você demorou, Kátia, já estava preocupado. Encontrou a moça? - perguntou Pierry.

- Não! Ela já havia saído do hospital.

- Que pena! Deve ter melhorado.

- Eu tenho que encontrá-la.

- Por que?

- Não sei.

- Quem você precisa encontrar, Kátia? - perguntou Tomy.

- Uma paciente, mas o abrigo onde ela pode estar é muito longe.

- Quer ir no meu jatinho? Eu peço para o piloto te levar. - falou Tomy.

- O senhor pode vir comigo? - perguntou a garota.

- Eu? Mas por quê?

- Não sei.

- Kátia, você está bem?

- Não! Vem comigo?

- Tudo bem, amanhã cedo iremos. A July está dormindo no meu quarto não se preocupe.

- Tomy, o sonho da July, eu não consigo esquecer.

- Todos nós estamos muito mal, e você está sobrecarregada. Descanse, amanhã cedo te levo até esse abrigo.

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