Rosalie quer incinerar Kayla Goldsmith

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Despertei com meu coração batendo forte. O chão parecia mais macio do que deveria estar, e foi só então que decidi abrir os olhos. O quarto estava claro, um pouco brilhante demais.

Eu não me lembrava de ter ido para a cama ontem, mas aquele era inegavelmente o meu quarto. Sentei-me, virei o corpo e apoiei os pés no chão. Meu corpo estremeceu com a frieza do piso. Ao levantar , de repente, o mundo começou a girar, e me vi tombando de volta na cama.

Alguém murmurou um "idiota", a voz veio do canto do meu quarto, onde havia uma pessoa afiando uma adaga de bronze celestial como se fosse uma faca para cortar queijo. Levei um tempo significativo para reconhecer quem estava sentada na cadeira da minha escrivaninha.

Clarisse estava com os cabelos cacheados presos por uma bandana camuflada. Ela vestia um moletom laranja do acampamento Meio-sangue. Sob seus olhos, havia olheiras arroxeadas; ela parecia horrível, como se estivesse exausta. Então virou-se para mim e estreitou os olhos castanhos.

— Você está viva — o que, na linguagem de Clarisse LaRue, deveria significar que ela estava de bom humor e feliz em me ver.

Permaneci sentada, esperando o mundo parar de girar um pouco antes de tentar levantar novamente.

— Você parece horrível.

Naquele momento, eu não estava sendo muito inteligente; alguns dos meus filtros de autopreservação ainda estavam desligados por causa do álcool. Caso contrário, teria percebido que não era inteligente dizer à filha de Ares que ela parecia horrível. Especialmente quando ela está segurando uma adaga de bronze celestial na mão.

Ela bufou, zombando levemente, encarando-me como se estivesse decidindo se valia a pena colocar minha cabeça na privada ou não. Eu torci para que ela escolhesse a segunda opção.

— Você deveria ver um espelho, Mia Jackson. Você já esteve melhor.

Um pequeno sorriso brotou no meu rosto.

— Isso é um elogio?

Clarisse zombou:

— Apenas você transforma um insulto em um elogio.

Se estivesse um pouco mais sóbria, teria notado o quão estranho era o fato de Clarisse estar em Forks. Mas naquele momento, tratei isso como se fosse perfeitamente natural e comum.

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Edward Cullen

Embora Rosalie e Emmett fossem mais inclinados a demonstrações públicas de afeto, naquela semana estavam agindo de maneira que até uma pedra notaria que algo estava estranho.

Estávamos no estacionamento, aguardando o tempo passar; era amargamente entediante, mas suponho que deveria ser assim: uma eternidade de tédio, um corpo congelado no tempo.

'Que merda é essa?' Os pensamentos de Rosalie soaram tão estridentes que parecia que ela os tinha gritado em meus ouvidos. Minha testa se contraiu imperceptivelmente, rápido demais para um humano notar; no entanto, Alice arqueou uma sobrancelha, questionando-me se estava tudo bem. Eu assenti, como se estivesse apenas fazendo movimentos involuntários e humanamente comuns.

Por curiosidade, segui a direção do olhar mortal de Rosalie. Seus pensamentos estavam estranhos; ela repetia uma lista de motores que pretendia comprar. Era irritante e suspeito. Por que ela estava tentando esconder seus pensamentos de maneira tão escandalosa? Há alguns metros, Amélia Jackson saía de seu carro; era uma cena perfeitamente comum e humana. Exceto que ela não era comum, era algo diferente de um humano, alguém que estava livre da paranoia de Rosalie e Jasper. Dado o quão anormal era que Jasper parecesse aceitar Mia Jackson, eu deveria apenas deixar que eles lidem com isso, especialmente quando estou mais interessado em uma humana do que no moralmente correto. Bella Swan andava ocupando minha mente mais vezes do que eu poderia contar.

Uma semideusa em apuros | Crepúsculo Onde histórias criam vida. Descubra agora